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Quem sabe, sabe

Na foto: Uma visita constante no Buteco do Maranhão, em Belo Horizonte, é a do artista Sérgio Mallandro

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Volta do futebol. Todos sabem que o futebol é uma das paixões do brasileiro. Mas, voltar às atividades antes do recomendado é uma irresponsabilidade sanitária e de quem organiza as competições. Ainda mais no momento em que o Brasil superou a marca de 100 mil mortos pela COVID-19. Vale lembrar que estamos falando de um país que não está sabendo lidar com a pandemia, a começar pelo presidente, o que dirá prever as condições do futuro. A transmissão do vírus não escolhe jogadores ou outros membros de um time nas divisões A, B ou C do Campeonato Brasileiro. Tanto que já fez vítimas e muitas partidas foram adiadas porque vários atletas testaram positivo para o coronavírus e com certeza teremos mais surpresas nas próximas rodadas. A verdade é que em nenhum outro país o futebol voltou com a curva de morte subindo. Mas o Brasil sempre insiste em fazer o contrário e nunca segue os bons exemplos de outras nações que estão trabalhando com seriedade para resolver o problema.

BHTrans fiscaliza ônibus para evitar lotação. Desde o início do coronavírus, os ônibus lotados se tornaram uma rotina diária para os usuários do transporte em Belo Horizonte. As reclamações são inúmeras, pois a grande aglomeração de pessoas é um dos principais motivos para a transmissão do vírus. Para lidar com a situação, a BHTrans dobrou a fiscalização nas estações e ruas da capital mineira. O reforço nas ações para garantir a segurança dos usuários ocorre no momento em que a capital avançou na flexibilização social. Os fiscais estão em todas as estações do Move, o que não acontecia antes da reabertura das atividades não essenciais. Outro ponto importante é que a BHTrans está monitorando locais estratégicos com grande fluxo de passageiros para conferir se os coletivos estão transportando além da capacidade. Por lei, os ônibus convencionais só podem circular com até 10 passageiros em pé. O cidadão comum também tem que fiscalizar e denunciar qualquer irregularidade.

BARES E RESTAURANTES FORAM OS QUE MAIS DEMITIRAM

Em função da pandemia, as pequenas empresas mineiras foram muito afetadas em termos de demissões no primeiro semestre de 2020, principalmente no período entre março e maio. De acordo com dados do Sebrae Minas, apenas entre as Micro e Pequenas Empresas (MPE’s), o estado registrou saldo negativo de 75.405 postos de trabalho no período, sendo o pior número dos últimos 10 anos. Os dois setores que mais mandaram empregados embora, entre as MPE’s mineiras, foram os de comércio e serviços. Em pouco mais de 130 dias de fechamento dos estabelecimentos, ocorreram cerca de 25 mil demissões. Em relação aos bares e restaurantes, em todo o estado foram mais de 60 mil dispensas. Os empresários não aguentam mais essa situação de funcionar apenas no sistema de delivery e entrega no local e esperam a reabertura presencial, afinal, o segmento é um dos que mais gera emprego e renda em Minas Gerais.

KALIL FALA SOBRE O COMÉRCIO E O RETORNO DAS AULAS

O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), falou sobre vários temas de interesse relacionados à crise sanitária. Entre os principais estão a reabertura dos estabelecimentos e a retomada do ensino presencial. Sobre o comércio, a prefeitura estuda uma possível ampliação baseada nos mesmos indicadores que permitiram a liberação das atividades na primeira fase de flexibilização, sendo eles o índice de transmissão e taxa de ocupação de leitos. Quanto a volta das aulas nas redes de ensino pública e privada da capital, Kalil disse que dificilmente acontecerá antes do surgimento de uma vacina contra a COVID-19. Ainda conforme o chefe do Executivo, a volta será com as duas redes juntas, caso contrário haveria uma desigualdade social. O prefeito fez críticas ao ensino remoto adotado por alguns colégios particulares de BH, dizendo que é uma humilhação aos mais pobres. Pelo andamento das coisas, os estudantes só voltarão às escolas no próximo ano.

RETOMADA DO TURISMO

O setor foi um dos mais afetados pela pandemia. Um levantamento ouviu cerca de 3.200 pessoas para entender os desejos e grande aposta ainda é o turismo doméstico, devido às facilidades. Promovido pelo blog Viaje na Viagem, o estudo apontou que quando o isolamento social terminar, os brasileiros querem visitar, especialmente, os destinos de praia. Eles pretendem ir de avião e que o aspecto mais relevante na organização de uma viagem será o estágio da contaminação pelo coronavírus. Já em relação à hospedagem, hotéis, pousadas ou resorts são as principais opções dos participantes do estudo. Cerca de 65% buscará por esses meios de hospedagem, enquanto uma pequena parcela planeja alugar casa para férias ou feriado. A pesquisa apurou também que a maioria das pessoas cancelou ou adiou viagens por conta da COVID-19. Outra consequência para o segmento é o impacto da crise econômica no Brasil. Muitos perderam o emprego ou tiveram redução de renda no núcleo familiar. Informações: MTur

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