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Mercado de franquias prevê crescimento de 8% para 2020

O setor de franquias encerrou 2019 de forma positiva. Os números estrondosos divulgados pela Associação Brasileira de Franchising (ABF) apontam o alto faturamento do segmento. O mercado cresceu 6,8% e injetou R$ 186,75 bilhões na economia nacional em 2019. O número de redes aumentou 1,4%, com isso 2.918 novas marcas foram criadas no ano passado. Já o índice de novas unidades de nomes existentes subiu 4,7%, o que constitui 160.958 novas franqueadas.

O franchising também tem colaborado para a empregabilidade do país. No ano passado, o número de novos postos de trabalho cresceu 4,6%, o que representa 1.358.139 milhão de pessoas empregadas pelo setor.

O mercado de franquias em Minas expandiu 11% em número de redes no ano passado, atingindo o patamar de 780 marcas em operação em Minas. As operações de franchising no estado faturaram R$ 14,5 bilhões em 2019, um crescimento de 8% em relação ao mesmo período do ano anterior. Já em número de unidades, o mercado mineiro expandiu 11%, com 9.333 operações.

O segmento vislumbra um ambiente econômico mais favorável para este ano, por isso, os números para o mercado de franquias são positivos para 2020. A previsão de crescimento é de 8% no faturamento, 6% no número de novas unidades, 1% no índice de novas redes e 6% nas taxas de novos postos de trabalho. Em Minas, a expectativa de crescimento é de 11%.

A inteligência coletiva é o principal fator dos altos números do segmento na opinião da diretora da ABF Regional Minas Gerais, Danyelle Van Straten. “O mercado de franquias já nasceu colaborativo. Todas as soluções e melhores práticas são compartilhadas, logo, é mais fácil da pessoa encontrar caminhos dentro de uma rede, porque a pessoa aprende com a diversidade”.

Isso garantiu que o mercado passasse pela crise sem prejuízos, mas, mesmo assim, foi preciso criatividade. “O franchising conseguiu um aumento diferenciado nesses desafios econômicos que vivemos nos últimos meses. Contudo, diminuímos o percentual de crescimento, continuamos em expansão, mas de forma menos acelerada. Para driblar a crise, novos formatos de franquias foram surgindo, modelos mais enxutos. Adaptações rápidas que são possibilitadas pela inteligência de rede”.

Adquirir uma franquia, na opinião da diretora, reduz riscos de prejuízos. “Isso porque a pessoa conta com um nome já testado no mercado, com uma rede colaborativa e com o valor de marca já percebido pelo consumidor”.

Apesar disso, o sucesso não é garantido. “Nenhum investimento tem um retorno certo. Investir é arriscar, por isso, é importante ter cautela. A pessoa deve verificar se há demanda do produto ou serviço e checar se a precificação está adequada ao mercado. É essencial alinhar essas expectativas com o franqueador e entender que sucesso depende do empresário que vai fazer a operação do negócio”.

Sobre a expectativa para 2020, Danyelle destaca a inteligência de rede como uma tendência de mercado. “No dia a dia não posso perguntar ao meu concorrente o que ele tem feito para melhorar seu negócio, contudo, quando tenho uma franquia, posso perguntar a outro franqueado as medidas que ele tem tomado para alavancar seus resultados”.

O empresário Edmar do Carmo, franqueado da Restaura Jeans, em Belo Horizonte, conta que optou por abrir uma franquia por ter pouca experiência em empreender. “A marca tem 230 lojas espalhadas pelo Brasil e 29 anos de experiência e isso me passou segurança para fazer o investimento”, conta.

Priscila Magalhães, que está à frente de duas unidades da Empresta Bem Melhor, também acredita que as pessoas preferem investir em algo já testado. “Antes de vender franquias, a Empresta já atuava no mercado e tinha uma marca construída, facilitando a identificação dos clientes e dando mais segurança aos investidores”, conclui.

 

Segmentos que concentram o maior número de unidades no Brasil

Alimentação 35%
Saúde, beleza e bem-estar 19%
Serviços e outros negócios 9%
Moda 7%