O ex-técnico do Arsenal, o francês Arsène Wenger, agora ocupa cargo importante na Federação Internacional de Futebol (Fifa) e apareceu com uma ideia polêmica e revolucionária: mudar a lei do impedimento. A proposta daria alguns centímetros de vantagem aos atacantes, acabando com as eternas discussões que o árbitro assistente de vídeo (VAR) diminuiu, mas não eliminou. Existe ainda o caso da “bola na mão” e “mão na bola”, o que depende ainda de interpretação de arbitragem.
Voltemos ao impedimento. É impossível para o juiz e bandeirinha fotografarem visualmente o momento em que uma bola é lançada e a posição do atacante. O olho humano não consegue. Ponto final.
Foi criado o VAR, que é caro e só pode ser usado num número limitadíssimo de jogos e, assim mesmo, nos grandes centros.
A rapidez da jogada, a concentração de jogadores num mesmo lance, o corpo a corpo do futebol coloca a arbitragem numa indecisão sem tamanho. Com isso, a dinâmica de uma partida perde a intensidade e o público fica sem saber se “valeu ou não”.
Outros esportes, como vôlei, basquete e tênis superaram a polêmica. No futebol é mais difícil e a credibilidade do resultado fica arranhada. Pouca gente se lembra que há algum tempo o empate dava um ponto, e a vitória, dois. Empatar era quase igual ganha, e os gols estavam desaparecendo.
Veio então a decisão de dar três pontos por vitória. Mudou tudo! O impedimento precisa ser repensado com calma e competência. Quem sabe tirando o bate-boca sem fim sobre impedimento, porque daqui a pouco vai se introduzir a fita métrica para o juiz, além do apito e dos cartões amarelos e vermelhos.
A magia do futebol agradece!