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Slackline: esporte de andar sobre fita une equilíbrio, concentração e diversão

Você já deve ter visitado parques ou praças e reparado algumas pessoas tentando se equilibrar em cima de uma corda esticada entre duas árvores. Essa é a prática do slackline, um esporte que exige concentração e equilíbrio e tem se popularizado cada vez mais no Brasil. O exercício não tem restrição de idade e pode trazer diversos benefícios ao corpo e a mente. Alguns famosos como Caio Castro, Márcio Garcia e Sheron Menezes são adeptos da modalidade.

O praticante e instrutor de slackline Marcos Bessa explica que a largura da fita pode variar entre 2,5 e 5 centímetros, enquanto que o comprimento vai de 12 a 30 metros. “O objetivo principal do esporte é atravessar de um lado para o outro sem cair, mas também é possível fazer manobras, saltos e giros. É bem semelhante a corda bamba que a gente assiste nas apresentações de circo”.

Existem 4 variações, nomeadas de acordo com a altura, comprimento, distância e local de prática. “O trickline, geralmente é executado a partir de 60cm de altura e é voltado para manobras com saltos e equilíbrio extremo, o que exige um bom preparo físico e treino. Já o highline é para quem tem uma vasta experiência e é praticado em grandes alturas como em montanhas ou pontes. O longline é realizado com fitas a um comprimento acima de 40 metros de distância. O waterline é feito sobre as águas como em piscinas, rios ou praias”, esclarece.

De acordo com o instrutor, os benefícios para o corpo são inúmeros. “Vários grupos musculares são trabalhados ao mesmo tempo, especialmente os inferiores e a região abdominal. Também melhora a postura, pois é necessário mantê-la ereta para conseguir o equilíbrio. Além disso, praticar o esporte mantém a estabilidade do corpo e pode melhorar as quedas, principalmente de crianças e idosos”.

Ele diz que a mente também é exercitada, pois o slackline exige concentração. “É uma forma de meditação e foco no objetivo. O próprio contato com a natureza auxilia na diminuição do estresse e controle da ansiedade, sem falar na questão da socialização com outros praticantes e na superação de desafios”.

Aqueles que se interessam pelo esporte e pretendem começar a praticar, o instrutor orienta a buscar por equipamentos em lojas especializadas para garantir a segurança. “Tudo deve ser feito com bastante responsabilidade. Os iniciantes começam com a fita bem próxima ao chão até conseguirem se equilibrar. Claro que as quedas são inevitáveis, ainda mais para que nunca se aventurou no slackline. Mas é questão de treino para ficarem profissionais”, finaliza.

O estudante de educação física Rafael Pinheiro é adepto do esporte há cerca de 3 anos. “Sempre gostei de atividades ao ar livre e que tenham contato com a natureza. Vi um grupo fazendo slackline na praça e fiquei interessado. Comecei a treinar e a pesquisar sobre a atividade e não parei mais. É bom porque trabalha os músculos e melhora a concentração”, conta.

Ele lembra a primeira vez que tentou atravessar a corda. “Não conseguia nem colocar os pés sobre a fita e manter o equilíbrio. Levei alguns tombos, mas aos poucos fui aprendendo a desenvolver autoconfiança. Aquele medo de cair ficou para trás e superei os desafios. Só não tento fazer manobras arriscadas”.