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Empréstimos bancários têm crescimento de 16,5% em 2021

Volume do crédito aumentou R$ 664 bilhões na comparação com 2020 e alcançou novo recorde | Foto: Reprodução/Internet

Pegar dinheiro emprestado é uma ferramenta muito útil para resolver as situações de emergência. Seja para realizar um sonho, fazer uma obra, comprar um bem, viajar ou até mesmo questões de saúde. Segundo dados do Banco Central (BC), o volume total de empréstimos bancários em 2021 atingiu um montante de R$ 664 bilhões, chegando R$ 4,6 trilhões. Este resultado representa um aumento de 16,5% na comparação com o ano anterior, quando o estoque de crédito estava em R$ 4,02 trilhões. No entanto, a falta de planejamento para fechar o negócio pode gerar problemas em longo prazo para os consumidores.

Ainda conforme o BC, a alta de 16,5% foi a maior para o crédito bancário em um ano fechado desde 2011. Naquela ocasião, o volume total do crédito bancário avançou 18,8%. Já em 2020, o crescimento foi de 15,6%.

Crédito para as famílias

De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o resultado significativo do crédito bancário em 2021 foi decorrente dos empréstimos voltados às famílias. A Federação disse que os empréstimos aumentaram de “forma ininterrupta ao longo do ano, beneficiado pela reabertura das atividades econômicas em decorrência principalmente do avanço da vacinação no país”.

Já o BC revelou que o crédito voltado para as famílias avançou 20,8% no ano passado, ante 11,2% em 2020. O crédito para as empresas desacelerou no último ano, ao avançar 11,1%, contra 21,8% em 2020, quando foi impulsionado pelas medidas de combate à pandemia da COVID-19.

Cuidados ao solicitar empréstimo

Na avaliação do economista e educador financeiro Guilherme Fernandes, antes de pedir um empréstimo é preciso estudar sua situação financeira. “A orientação é sempre pesquisar bastante e comparar com as taxas de juros de outras modalidades do mercado. É importante analisar não somente os juros, mas também o Custo Efetivo Total (CET) da operação. Ele contém todos os encargos, tributos, taxas e despesas de um empréstimo”, explica.

Ao buscar crédito é fundamental estar claro o que o consumidor vai pagar. “As empresas são obrigadas a informar o CET nos contratos. A dica é pesquisar sempre usando o mesmo valor e prazo, pois cada empresa tem sua política e tarifas diferentes. É essencial saber também o quanto da renda mensal será comprometida para o pagamento. Um empréstimo só deve ser feito em casos de extrema necessidade ou emergência e depois de avaliar se as parcelas cabem no bolso”, finaliza.