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Zema já trabalha para ter boa convivência com a Assembleia

Foi uma semana de muita fala e pouca informação quanto ao futuro governo da administração de Romeu Zema (Novo) no Palácio da Liberdade. Por outro lado, difundiu-se nos bastidores da Assembleia uma espécie de medo coletivo no que diz respeito as posições extremas do partido do novo governador de Minas, consideradas, por muitos, alguns graus acima da atuação do Partido dos Trabalhadores na Casa.

O Partido Novo, além de orientar Zema sobre todos os assuntos, definia, inclusive sua agenda. Na avaliação dos matemáticos da política mineira, agora como governador, esta realidade terá que ser minimizada, pois os problemas do estado são enormes e se o chefe do Executivo tiver de se reportar sobre todos os temas aos seus companheiros de partido, pode haver uma pausa das ações, comprometendo soluções para debelar a crise.

Primeiro escalão
Enquanto aguarda a oportunidade de montar um time diferenciado para comandar as nove secretarias anunciadas, o futuro chefe do governo mineiro continua sendo assediado por pessoas e grupos interessados em apresentar informações e sugestões. Em meio a isso, surge o nome que poderia ser considerado estrela, especialmente se fosse aproveitado para a área de produção e negócios: Cledorvino Belini, ex-presidente da Fiat para América Latina e que continua residido em Belo Horizonte.

Segundo o que se percebe pela imprensa, a administração no que tange os temas técnicos, Secretaria de Governo, deverá ficar a cargo do vereador Mateus Simões (Novo), pois Zema e Simões são próximos e isso acabada gerando uma confiança mútua.

No entanto, o maior imbróglio político de Zema está no âmbito da Assembleia Legislativa. Para amenizar o ar de azedume instalado, já foi designado o vice-governador eleito Paulo Brant (Novo), uma espécie de interlocutor qualificado para começar uma rodada de conversações com diversos grupos de deputados. Contudo, segundo uma fonte, ele está “rico” de tanto ouvir. Além de construir um caminho pelo qual a futura administração possa fluir sem maiores percalços, o momento na Casa Legislativa é de tensão, devido ao clima nada amistoso em relação à disputa pela Mesa Diretora. Os candidatos que concorrem ao posto da presidência são: Arlen Santiago (PTB), Virgílio Guimarães (PT) e Agostinho Patrus Filho (PV).

Entretanto, de acordo com fontes ouvidas, há outro grupo em formação capaz de aglutinar forças ligadas ao PT, PSD e MDB, como se fosse uma base de apoio crítico ao futuro governo e, ao mesmo grupo, caberia também à indicação de nomes para ocuparem todos os cargos da futura mesa da Assembleia.