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Zema não tem preferência por nome para presidir a Assembleia

A recente visita do governador eleito Romeu Zema (Novo) à Assembleia Legislativa, juntamente com seu vice Paulo Brant, foi um gesto para manter a política da boa vizinhança com o poder Legislativo. “Nada mais além disso”, comentou um empresário amigo do futuro chefe do Executivo mineiro.

Outros poderes estaduais, inclusive o Judiciário, por intermédio do presidente da Corte, Nelson Missias, também recebeu o governador em um clima de cordialidade para uma troca de opiniões, próprio do momento democrático.

Sucessão na Assembleia
Apurações de bastidores apontam que, em momento algum, Zema e Brant demonstraram qualquer inclinação por um nome específico dos pré-candidatos ao posto de presidente da Assembleia Legislativa. O futuro dirigente mineiro estaria centrado nos estudos da real situação financeira do estado, tema que será priorizado por ele e sua equipe no início do ano.

Provavelmente, se algum postulante à sucessão de Adalclever Lopes (MDB) tem tentado usar o relacionamento com os dirigentes do Palácio da Liberdade, não deve passar de mero exercício de imaginação ou especulação. Mesmo porque a eleição da Mesa Diretora do Legislativo só ocorrerá no dia 31 de janeiro. E, como dizem os jornalistas da crônica política, tudo não passa de balão de ensaio, inclusive os boatos que insinuam uma relação entre o PSDB e o parlamentar Cássio Soares, uma vez que ele é filiado ao PSD.

Soares teve o seu nome indicado como um dos pleiteantes ao posto de presidente, supostamente, mediante o apoio de nomes como Danilo de Castro, Mauri Torres e outras pessoas do partido tucano. Essa informação revela que o PSDB estaria abdicando de apostar no veterano deputado Dalmo Ribeiro.

Enquanto isso, no Partido Verde o ambiente é de euforia em relação à campanha empreendida por Agostinho Patrus, que concedeu entrevistas antecipando qual seria sua bandeira, caso seja eleito para o posto. Inclusive, Agostinho teria recebido, informalmente, apoio de uma ala do PT, coincidentemente representantes de um grupo disposto a fazer oposição ao próximo governo. Essa adesão, se confirmada, pode não ser bem-vinda, uma vez que ele almeja ser aliado a Zema.

De outro lado, segue a candidatura de Leonídio Bouças (MDB) e Arlen Santiago (PTB). O petebista tem o incentivo dos pequenos partidos e políticos influentes, como Antonio Anastasia (PSDB), Carlos Viana (PHS) e Rodrigo Pacheco (DEM). Claro, eles não têm votos, mas carregam forte apelo político nessa decisão complexa que está em jogo.

Ao lado de Arlen ainda estaria o deputado Virgílio Guimarães (PT), disposto a aceitar o cargo de primeiro-secretário, aliás, essa é a segunda cadeira mais influente da Mesa da Casa. Guimarães, pelos cálculos, teria de quatro a seis entre os 10 votos dos deputados do PT.