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Projeto promove inclusão social através do esporte

São oferecidas 17 modalidades esportivas / Foto: Divulgação-PBH

 

Realizado pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), o Programa Superar tem o intuito de promover a inclusão social das pessoas com deficiência, por meio da prática de atividades físicas, culturais e do esporte educacional ou de rendimento. O projeto executado pela Secretaria Municipal de Esportes e Lazer atende cerca de mil alunos com deficiência física, visual, intelectual, auditiva, múltipla e autismo. O programa oferece 17 modalidades/atividades: iniciação esportiva, atletismo, basquetebol, bocha regular, bocha paralímpica, dança, futsal, goalball, judô, natação, rúgbi em cadeira de rodas, tênis de mesa, voleibol, voleibol sentado, patinação, percussão e tênis de mesa.

O projeto existe desde 1994, e todas as pessoas, adultos ou crianças, a partir dos 6 anos de idade e que seja elegível às modalidades esportivas oferecidas, podem participar do programa. Atualmente, são atendidas a população de Belo Horizonte e de algumas cidades da região metropolitana, porém, hoje, para quem quiser ingressar, é exclusivo para os cidadãos da capital. Pessoas interessadas em participar do projeto devem enviar um e-mail para superar@pbh.gov.br.

O gerente do Programa Superar, João Bernardo, explica que o objetivo do projeto é a viabilização das pessoas com deficiência em atividades de esporte, lazer e até culturais. “O Superar sofreu diversas mudanças nesses 30 anos, mas o principal intuito é que a população com deficiência pratique esporte”.

“A partir do momento que alguém faz algum tipo de esporte, essa pessoa está melhorando a parte fisiológica e psicológica. Além de ter o reconhecimento do potencial do praticante perante a sociedade. Por isso, a importância do projeto, pois a atividade esportiva vai dar um subsídio para essa melhoria de vida do atleta com deficiência”, acrescenta.

João Bernardo ressalta também que os benefícios do programa vão além da inclusão por meio do esporte. “Quando começamos, tínhamos muitos cursos de capacitação, por isso, o número de profissionais de educação física é infinitamente maior em relação a 1994”.

“Profissionais de outras áreas, como fisioterapia, terapia ocupacional, medicina e enfermagem voltaram o seu olhar para esse público não como uma doença ou deficiência, mas como atletas, alunos, como alguém que tem potencial para prática esportiva. Outro benefício é em relação aos governos, por exemplo, em BH, a política de atendimento às pessoas com deficiência têm o esporte como um dos seus pilares”, pontua o diretor.

 

Pontos de atendimento

Segundo João Bernardo, o projeto tem alguns pontos de atendimento, como o Centro de Referência no Carlos Prates; o Instituto São Rafael, no Barro Preto; Escola Estadual de Ensino Especial Amaro Neves, no Barreiro; e o Centro Esportivo Universitário (CEU/UFMG), na Pampulha.

“Além desses, existe o ‘Núcleo do Programa Esporte para Todos’, que é uma parceria com os clubes esportivos que atendem pessoas com deficiência. São eles: o Clube Palmeiras, no Santa Efigênia; Oásis, no Santa Teresa; Clube Cruzeiro, no Barro Preto; o Sírio e o AABB, ambos na Pampulha”.

 

Novo núcleo

Em setembro, o Superar abriu mais um núcleo. A quarta unidade começou a funcionar dentro da Escola Municipal Moysés Kalil, em Venda Nova. E está atendendo a 20 estudantes da própria instituição. São oferecidas quatro modalidades esportivas: futsal, basquete, natação e tênis de mesa.

A diretora da escola, Geise Santana da Rocha Maciel, conta como a vida dos estudantes mudou com a chegada do programa. “Desde que começou, tem sido uma iniciativa transformadora para nossos alunos com transtornos e deficiências. Através de atividades esportivas, eles são incentivados a superar suas limitações, descobrir suas habilidades e, acima de tudo, a se sentir acolhidos. É emocionante observar o progresso de cada criança, que chega com inseguranças e sai com um sorriso de autoconfiança. Para as famílias, o projeto representa uma verdadeira esperança”.