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Pujança da construção civil

Um dos segmentos mais resilientes no cenário econômico brasileiro é o da construção civil. Mesmo com todos os problemas advindos da pandemia de COVID-19, que dizimou vidas e assolou o setor produtivo no Brasil e no mundo, o ramo se manteve firme. Esse triste episódio ficou no passado e a construção civil registrou um crescimento exponencial, quando se trata da contratação de trabalhadores com carteira assinada.

Tendo como referência a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), constatou-se um aumento de 5,24% no número de empregos formais nos últimos 12 meses, galgando o montante de 2.961.712 trabalhadores no mês de agosto. As entidades oficiais consideram que o país está vivendo, especificamente neste setor, uma espécie de ciclo virtuoso, a partir da geração de novas vagas de trabalho. Já os empresários expressam expectativas positivas para os próximos seis meses, podendo haver até mesmo um crescimento superior ao inicialmente previsto.

Como nem tudo são flores, representantes da CBIC alertam para uma situação mais complexa, mediante a possível elevação nas taxas de juros para empréstimos destinados a turbinar o segmento. O caminho pode ficar mais turvo, caso aconteça essa propalada limitação na disponibilidade do crédito imobiliário.

Ao analisar os pormenores desses números, a economista da CBIC, Ieda Vasconcelos, concorda com uma avaliação pontuando que a elevação de 3,5%, projetada para este período, significa um número acima da previsão do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, previsto para 3,05%, de acordo com o Banco Central.

No entanto, seria necessária uma reação positiva de outros itens influentes do setor produtivo, incluindo os produtos relacionados ao Parque Industrial Brasileiro, possibilitando o aumento das riquezas das empresas e permitindo uma melhoria na massa salarial, ao mesmo tempo em que garante a distribuição de renda no Brasil.

É bom rememorar que o país é celeiro mundial na produção de alimentos e grãos, graças a um agronegócio competitivo perante as comunidades internacionais. Essa junção de forças produtivas talvez seja o caminho de nossa nação, deixando de ser considerado o Brasil de segunda categoria frente ao mundo industrial. Que venha o crescimento conectado com o desenvolvimento social.