Diante da decisão do prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, (PSD), de renunciar ao cargo no dia 25 de março para se colocar como pré-candidato ao governo de Minas, a aposta, a partir de agora, é saber como ficam as alianças e definir os nomes dos companheiros de chapa de Kalil e do governador Romeu Zema (Novo).
Em verdade, os correligionários dizem que a reeleição de Zema já está garantida. Mas, a definição pela preferência de um vice é um tema que ocupou as páginas dos principais jornais de Minas ao longo deste período, até porque, em breve, terminará o prazo para essas mudanças. E somente após isso é que o caminho fica mais delineado.
Terceira via
As denominadas costuras políticas continuam acontecendo em Brasília, São Paulo e Belo Horizonte, quando o assunto é a sucessão ao Palácio Tiradentes. Por exemplo, o presidenciável Ciro Gomes (PDT) insiste na candidatura de seu amigo, o ex-prefeito Marcio Lacerda. Mas, ele também entende que essa é uma tarefa complicada, já que Lacerda sequer aceita avaliar a possibilidade de retornar à Prefeitura de Belo Horizonte.
Enquanto isso, os matemáticos da política mineira avaliam que, dificilmente, esse pleito vai girar apenas na polarização entre Kalil e Zema, pois há espaço para uma terceira via. Neste sentido, tem havido uma movimentação do prefeito de Betim, Vittorio Medioli, a partir de reuniões mais frequentes entre ele, prefeitos e lideranças do interior. Mas, por enquanto, o chefe do Executivo betinense não assume a possibilidade de entrar nessa disputa.
Ainda com relação a um terceiro nome, comentou-se sobre a necessidade de um empenho maior das lideranças nacionais para convencer o prefeito de Uberlândia, Odelmo Leão (PP), a aceitar o desafio de se colocar como postulante à sucessão estadual. Odelmo é líder político com muitas vitórias, prefeito do município que representa o segundo colégio eleitoral de Minas, comanda uma cidade referência em administração pública, reverberando perante o país como a “capital nacional dos empreendimentos de sucesso” e, ainda, é um exemplo no que diz respeito ao agronegócio brasileiro.
Nomes para vice
Semana passada, a imprensa listou os prováveis nomes de postulantes na chapa do governador Zema. Um dos citados foi o atual presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Flávio Roscoe. Sabe-se, por diversas fontes, que o dirigente não teria pretensão de entrar para área política. Inclusive, Roscoe acabou de ser reeleito presidente da entidade por mais 3 anos.
Filiado ao MDB, o presidente da Associação Mineira de Municípios (AMM), Julvan Lacerda, voltou a ser cotado para a disputa junto ao governador. Ele também poderia ser o candidato do grupo palaciano ao Senado. Pelo menos é o que afirmam as fontes ouvidas pelo Edição.
Se a eleição fosse hoje, provavelmente, a atual secretária de Estado de Planejamento Luísa Barreto seria a indicada para ser a vice de Zema, mas, por enquanto, quem é o campeão de preferência entre o grupo do Partido Novo é o secretário-geral do Governo, Mateus Simões.
Relativamente ao vice de Kalil, até então, tudo se direciona para o presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Agostinho Patrus (PV).