Os primeiros meses de vida constituem uma fase fundamental para o desenvolvimento da criança, pois ela está aprendendo a juntar elementos para a sua formação e esse processo pode ser auxiliado por diversos estímulos, incluindo a natação. Além de melhorar a coordenação motora e aumentar a resistência cardiorrespiratória e muscular, a prática também previne várias doenças. E, é devido a esses benefícios que algumas mães e bebês estão fazendo natação juntos.
Esse é o caso da empresária Ana Paula Faria. Ela conta que está praticando a atividade com seu filho, Pedro, 8 meses, há apenas um mês e já notou mudanças tanto nele quanto nela. “Percebi que o Pedro está mais ativo. Começou a comer mais e também a dormir de tarde. Antes, ele brigava contra o sono. Também está quase engatinhando, devido ao fortalecimento da musculatura. Já estou menos estressada, pois tenho a rotina de sair de casa e conversar com outras pessoas. Continuo cansada, mas é uma atividade gostosa”.
Ana Paula relata que conheceu essa atividade por meio de um aplicativo chamado BabyCenter, no qual há dicas e informações sobre a gestação e desenvolvimento dos nenéns a cada mês. “Foi por ele que conheci as atividades que os bebês podem fazer. Fiz algumas pesquisas e encontrei estudos que mostram como a atividade física é importante para o desenvolvimento. Conversei com o pediatra e ele autorizou, dando uma declaração dizendo que o Pedro estava apto à natação”.
Para além disso, a empresária reitera que o laço entre ela e o filho também aumentou após as aulas. “É um trabalho de confiança bem legal. Tem uma parte da aula que o bebê tem que pular na água para a mãe pegar. Na primeira, Pedro ficou em dúvida, ele na segunda, ele olhou para mim e já se jogou. É muito bom ver como confia em mim”.
Como é a aula
Durante as aulas, o bebê não vai aprender as modalidades de nado. O que ele executará são atividades mais simples, para treinar a coordenação motora, a agilidade e a resistência cardiorrespiratória. A dinâmica da atividade é basicamente a inclusão de brinquedos na água para os pequenos pegarem (um dos exercícios é jogar algo a certa distância e carregar o pequeno para agarrá-lo) e eles têm contato com outros bebês, o que estimula a sociabilidade. Além disso, elas costumam variar entre 30 e 45 minutos, pois as crianças muito novas não se concentram em uma mesma atividade por muito tempo.
A professora de natação Renata Carvalho diz que as aulas são cantadas e, a partir das músicas, é que se executam os exercícios. “Geralmente, a água acolhe mais a criança, ela consegue fazer melhor o movimento, tanto durante esse momento quanto após, seja para engatinhar, caminhar, etc. Ademais, por ter a música, também facilita o aprendizado da linguagem”.
Para finalizar, Renata reitera que a presença da mãe é fundamental para o sucesso dessa atividade. “Por ser um ambiente estranho, a mãe, com afetividade e confiança, vai acolher a criança. Além disso, recomenda-se que os bebês iniciem as aulas depois dos 6 meses de vida, após estarem com todas as vacinas em dia”.
Qualquer criança pode fazer natação, desde que tenha a liberação médica e não apresente quadros repetitivos de otite e nem esteja doente no dia da aula.