Nosso grande patrimônio, mais que fortuna, riquezas materiais, posses ou status social é a vida, a saúde e nosso conforto espiritual. Dizem que os homens e as mulheres gastam saúde e tranquilidade no trabalho estafante, na busca de realizações materiais, mergulhados na profissão, sem medir limites para o corpo, acumulando dinheiro, bens e depois, doentes, gastam tudo que foi ganho em tratamentos e hospitais para recuperar o que perderam. Não é um raciocínio longe da verdade.
A vida de cada pessoa tem suas trapaças e incertezas que nos levam a mudar projetos e sonhos, modificar o que planejamos, nos adequar ao que o destino nos reserva. Ninguém sabe como será o dia de amanhã, é impossível prever o futuro. Faço este prefácio para entrar no delicado assunto da saúde de nosso prefeito Fuad Noman, homem querido de Belo Horizonte, reeleito com todas as honras e justiça para mais quatro anos de mandato. Se olharmos sua vida, veremos que sempre foi um guerreiro, crescendo ao longo do tempo, superando cada desafio e se tornando um profissional respeitado e homem de bem, considerado por todos que o conhecem. A cidade, o Estado e o país o conhecem.
Nascido em Belo Horizonte, muito novo assumiu sua condição de origem humilde e começou a trabalhar no Bar e Café da família, na Lagoinha, em uma jornada de trabalho que começava nas madrugadas, servindo aos transeuntes da região o pão e o café da manhã, nas primeiras horas do dia. Eram trabalhadores braçais, notívagos, boêmios e profissionais da noite. Jovem, foi para o Exército onde serviu, ostentando com honra o uniforme de nossas Forças Armadas. Já na faculdade, cursou economia, tornando-se um profissional respeitado e solicitado no mercado. No seu currículo consta os serviços prestados, depois de concurso, ao Banco Central, Secretário Executivo da Casa Civil da Presidência da República, Secretário de Estado de Minas Gerais, em algumas posições de destaque e mais recentemente vice-prefeito e prefeito de Belo Horizonte. Escritor ficcionista, Fuad é autor de três ótimos livros esgotados nas livrarias, muito bem aceitos pela crítica e injustamente mal falados pelos adversários políticos, o que é natural. Uma vida invejável.
Mas, o destino não tem regras fixas ou previstas. Já doente, candidatou-se à reeleição para prefeito da capital, foi cioso e transparente ao informar, como candidato, de sua condição de saúde aos eleitores da cidade. Lutou contra a doença e a venceu, assim como venceu as eleições. O acaso, porém, reservou outro capítulo para seu futuro. Curado da doença, passou a sentir suas consequências e a debilidade de seu organismo logo se manifestou. Ninguém sai de um câncer impunemente, mesmo sendo o guerreiro que sempre foi.
Sua vida tem sido, nos últimos meses, de luta e resistência na busca da recuperação e condições físicas para continuar servindo à cidade, aos cidadãos, realizando seus projetos anunciados em campanha, assim como quem tão bem já o fez. É uma luta cotidiana, sofrida, passagens por UTIs, traqueostomia, sem contar o sofrimento mental, projeções incertas para o futuro e preocupações da família. Naturalmente, busca forças na própria existência, apoio dos amigos e familiares e vai vencendo cada dia como um novo desafio. Tudo deve ser considerado, pensado, refletido, politicamente avaliado, mas existe um valor que supera toda e qualquer realidade – a vida. É na vida, estar vivo, onde está o grande prêmio para os guerreiros, os que lutam com honra, exemplos para os mais novos e que são vencedores dos desafios que enfrentaram.