O período de férias parlamentares em Brasília e em Minas, certamente abrirá espaço para reflexão, entendimentos e costura de alianças de pretensos candidatos aos postos majoritários, tendo em vista as eleições de 2026, cujo tema já está sendo discutido amplamente nos bastidores.
Entre o final de janeiro e início de fevereiro, o assunto ocupará as agendas das principais lideranças do estado. No entanto, o governador Romeu Zema (Novo) já adiantou o seu incondicional apoio à candidatura de seu vice, Mateus Simões (Novo), ao Palácio Tiradentes.
De perfil conservador, o professor Mateus, como está sendo chamado em suas andanças pelo interior de Minas Gerais, terá concorrentes destacados. Ele não está sozinho no campo da denominada ideologia de centro-direita, cujo espaço conta ainda com senador Cleitinho Azevedo (Republicanos). O parlamentar já foi requisitado a se tornar candidato pelo próprio presidente de seu partido, o deputado federal Euclydes Pettersen, há cerca de 15 dias.
Em Brasília, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, tem realizado constantes incursões na luta pelo apoio de setores evangélicos de Minas, para solidificar a candidatura do deputado federal Nikolas Ferreira (PL), tido como uma espécie de irmão gêmeo de Eduardo. A assessoria do parlamentar já buscou saber se Nikolas terá completado 30 anos em 2026, idade mínima para se tornar candidato ao Poder Executivo Estadual.
Enquanto isso, tendo como base informações procedentes da capital federal, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), não tem se mostrado nada interessado em participar dessa peleja daqui a dois anos. Diante da possível ausência de Pacheco, entra em cena o nome do atual ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD). Ele tem a simpatia de setores do Planalto e, por motivos óbvios, tem comparecido a eventos políticos no Estado.
Os matemáticos da política mineira projetam que se a direita está dividida, o grupo oposto poderia ser formatado encima de nomes, como o ministro Alexandre Silveira; deputado e presidente da Assembleia Legislativa, Tadeu Martins Leite (MDB); e a prefeita de Contagem, Marília Campos (PT). Neste sentido, buscariam preencher os cargos de disputa para governador, vice-governador e ao Senado.