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QUADRILHAS: AVANCER!

Com exatidão a nos oferecer um pouco da História e devidas comemorações, junho, com suas peculiaridades, se confunde na plenitude de ser o mês da quadrilha, dança trazida ao Brasil no século XIX por bailarinos franceses, por intermédio de Portugal. Há versões a respeito. E as temos de todos os modos para o bom tema “de arraiá”. Para começar, dia 21 se inicia o inverno no Cone Sul. Tempo de aconchego, de degustar um bom vinho, ou a “marvada”, com projeção internacional, e até mesmo saborear uma feijoada e apreciar o quentão numa quadrilha ao lado de uma fogueira junina.

Sete de junho é o Dia da Liberdade de Imprensa, tão desorientada por aqui, amaldiçoada por aqueles que a manipulam, que até mesmo o termo “marrom” se perdeu no meio do caminho. O que era para valorizar a importância da liberdade na prestação da informação numa sociedade democrática e livre, tromba descaradamente com interesses escusos, e a conta chega bem cara à falta de uma democracia perene, voltada para o bem-estar. É preciso colocar as barbas de molho e lutar para que a informação não seja falaciosa. Não se comprometer e não se corromper, como procede a maioria da grande mídia.

No dia 9, para aqueles que nunca ouviram falar, e se ouviram, desconhecem, é o Dia de Anchieta. Conhecido como “Apóstolo do Brasil”, o espanhol José de Anchieta (1534/1597) chegou à “Ilha de Vera Cruz” em 1533 para uma grande missão: a de evangelizar. Um dos fundadores de São Paulo e do Rio de Janeiro, e do Colégio da Vila de São Paulo, Anchieta nos deixou a gramática da língua tupi, além de escritos que fazem parte da nossa literatura. São relíquias. Anchieta, santo e presbítero brasileiro, foi beatificado em 1980 por João Paulo II e santificado em 2014 pelo papa Francisco.

Outra data que deve ser lembrada sempre ― nossa história não é valorizada, e temos a mania de relegar a nacionalidade e o patriotismo ― é o Dia Internacional dos Arquivos, 9 de junho, criado pela Unesco por meio do Conselho Internacional dos Arquivos. Devemos comemorá-la com objetivo conscientizador, refletir sobre a necessidade da existência de registros para preservação da nossa História. Andamos carentes de memória. Desvaloriza-se nossa História, da qual devemos ter orgulho e saber contá-la com respeito e gratidão.

Dia 11 é o Dia da Marinha, de que devemos nos gabar e lembrar das batalhas da Guerra do Paraguai, com o aguerrido Almirante Tamandaré. No dia 12 celebramos o Dia do Correio Aéreo Nacional, quando se deu o primeiro voo do transporte de uma mala postal entre o Rio de Janeiro e São Paulo em 1931 por Nélson Freire Lavenère-Wanderley e Casimiro Montenegro Filho, no avião Curtiss Fledgling. O Brasil foi o segundo país do mundo a usar o selo postal, em 1843, sob o imperador Pedro II, com a série “Olho de Boi”. A Inglaterra foi o primeiro, em 1840, com o selo “Penny Black”.

Dias juninos são de muitíssimas comemorações da mais alta importância, para serem relembrados e aplaudidos. O Dia dos Imigrantes, 25, a quem o Brasil, além dos portugueses, indígenas e africanos, se uniu em beleza e riqueza, que fizeram desta Terra de Santa Cruz o mais cobiçado chão do mundo: alemães, austríacos, chineses, espanhóis, franceses, gregos, italianos, japoneses, libaneses, sírios, suíços… Viva o Brasil!

Doze é o Dia dos Namorados, e 13 o de Santo Antônio, o casamenteiro. Datas que combinam bem. Dia 27, do Quadrilheiro. Anarrié!(En arrière,) Mês das Quadrilhas, imensas, gloriosas, com danças coloridas e alegres, a maior festa celebrada por aqui, além daquelas perdidamente envoltas em azul petróleo.

Que São Pedro e São Paulo, festejados dia 29, nos protejam e nos afastem da corrupção generalizada. Vamos festejar! “Avancê”!