O Minas Trend está completando 15 anos e sua 28ª edição foi realizada, pela primeira vez, no Minascentro, importante Centro de Convenções de Belo Horizonte. O mote do evento, que aconteceu de 2 a 4 de novembro, foi “A Moda no Centro” e contou com novidades, como o mercado de lingerie. Organizado pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), a edição teve 100 stands de setores diversos.
A abertura do salão aconteceu com uma coletiva de imprensa que teve a participação do presidente da Fiemg, Flávio Roscoe, o superintendente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais (Sebrae MG), Afonso Maria Rocha, o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), Marcelo de Souza e Silva, a secretária-geral adjunta do Estado, Cristiana Kumaira, e o presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Fernando Pimentel.
Roscoe destacou o fato de o evento estar debutando em um novo local. “A vinda para o Centro ressaltou a importância das parcerias presentes aqui. Nesta edição, essa integração ficou mais contundente com o objetivo de juntar todos esses mecanismos que retroalimentam a cadeia produtiva da moda – os micro e pequenos negócios, o comércio, a indústria têxtil e de confecção. Esse dinamismo entre clientes e fornecedores é fundamental. Sempre estivemos próximos, mas nunca tão integrados como agora”.
Ele também lembrou que se trata de ser uma recuperação do setor após a COVID-19. “É a primeira edição pós-pandemia com o evento cheio. Todos os espaços foram comercializados, temos players do interior de Minas e de outros estados. Ou seja, o Minas Trend está mais rico, plural e com mais diversidade”.
Para o presidente da CDL/BH, a aproximação da indústria com o setor varejista é de extrema importância. “Eu costumo dizer que a engrenagem precisa estar toda funcionando. Só assim é possível ter boas vendas na ponta e, consequentemente, o industrial acaba tendo também uma produção mais significativa. A visão de conjunto é essencial nessa agenda de sustentabilidade que estamos construindo. Você tem grandes empresas, mas, a maioria dos empregos é gerada pelos micro e pequenos negócios. O mundo é feito pelos pequenos empreendedores”.
Rocha disse que o evento é uma grande referência. “Nós sempre acreditamos nesse projeto, porque somos uma agência de desenvolvimento de pequenos negócios e trabalhamos exatamente com as micro e pequenas empresas, considerando que a cadeia da moda é composta quase em sua totalidade por elas. Mais de 99% dos estabelecimentos empresariais existentes são de micro e pequeno porte. Este ano trouxemos 17 marcas de lingerie, além de 20 negócios de confecção, moda festa e bijuteria”.
Cristiana reforça a participação do governo estadual por meio da Secretaria de Cultura e Turismo. “A parceria institucional fortalece o entendimento de que a moda faz parte da cadeia da Economia Criativa e gera, em Minas, mais de 150 mil empregos, sendo mais de 60 mil somente no setor da moda. Precisamos trabalhar na transversalidade, fazendo com que a parceria se desdobre em realizações. A qualidade criativa da moda mineira todo mundo conhece e é estimulante participar disso”.
Pimentel comenta a competência, resiliência e inteligência do setor e informou sentir orgulho por ter participado de, praticamente, todas as edições. “Estamos trazendo novos conceitos de sustentabilidade, da convergência de tecnologias, de diversidade e temáticas que não eram muito discutidas, mas que entraram de vez no debate”.
O Minas Trend, ao longo dos anos, foi assumindo diferentes formas de atuação, mantendo-se como o principal evento da moda mineira. Foi o primeiro evento que reuniu, no mesmo lugar, os segmentos de vestuários, joias, bolsas, calçados e bijuterias. A proposta é reunir quem cria, faz e vende a indústria criativa, os negócios e o melhor da produção local com a moda global.