Sucessão na PBH
Quando o prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), anunciou, na semana passada, seu apoio ao candidato Lula (PT), o fez motivado por um raciocínio político. Ele, provável candidato à reeleição daqui a 2 anos, já está mapeando seus possíveis adversários na disputa. Um deles seria o jornalista e comunicador Eduardo Costa (Cidadania), com apoio de Romeu Zema (Novo), já engajado em outro projeto político. Ou seja, o jogo de 2024 já começa a ser jogado com muita antecedência.
Indecisão e derrota
O susto maior em relação ao resultado das urnas para deputado estadual em Minas foi a derrota do tucano João Leite (PSDB), depois de 30 anos como parlamentar. Mas, pessoas que o conhecem comentam: “Ele ficou em cima do muro, só, na última semana, disse que votaria em Jair Bolsonaro (PL)”. E essa sua indecisão pode ter lhe custado mais um mandato. Agora, ele deve voltar suas atenções como consultor esportivo.
Sávio x Aécio
Jornalistas da crônica política foram avisados: não convidem para a mesma mesa os deputados Domingos Sávio (PL) e Aécio Neves (PSDB). Pode sair faísca. E olha que Sávio foi apadrinhado de Neves durante anos a fio, chegando, inclusive, a ser presidente do PSDB mineiro. Agora, eles estão em lados opostos. Político tem destas coisas.
Prestígio de Adalclever
Mesmo estando fora do parlamento mineiro, o ex-presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Adalclever Lopes (PSD), continua sendo ouvido a respeito de muitos temas. Ou seja, segue mantendo seu prestígio elevado nos bastidores.
Serra do Curral
Quando encerrava seus discursos para uma numerosa quantidade de pessoas durante comício na semana passada, na Praça Tiradentes, em BH, o candidato Lula (PT) foi interrompido por gritos dos apoiadores: “Serra do Curral, Serra do Curral”. Ele, então, afirmou: “Se eleito presidente, prometo ajudar a resolver o problema da Serra do Curral”. Aí está, fica aqui o registro viu, candidato?!
Embate à vista
Ao longo de 2 anos, foram visíveis os embates entre dois vereadores à Câmara Municipal de Belo Horizonte, Nikolas Ferreira (PL) e Duda Salabert (PDT). Agora, eles foram eleitos deputados federais, mas Salabert já prometeu: “Vai ser uma pedra no sapato de seu colega mineiro”. Podem apostar em duelos pesados.
Discurso de perdedor
Durante sessão de votação que culminou com a indicação do presidente da ALMG, Agostinho Patrus (PSD), como conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCEMG), o único a se posicionar contrário, durante o ato, foi o deputado do partido Novo, Guilherme da Cunha. Logo alguém do plenário gritou: “Vamos logo com esse discurso de perdedor”. A frase foi proferida porque, como se sabe, Cunha não conseguiu se reeleger para o parlamento mineiro este ano.
Zema e Simões
No passado, as pessoas de mais prestígio falavam com o governador Romeu Zema (Novo), quando articulavam contatos por meio do então secretário-geral do Governo, Mateus Simões (Novo). Agora, a agenda de Zema passou a ser literalmente comandada pelo vice-governador eleito.
Sem religião
Do alto de sua experiência, o presidente da Academia Brasileira de Letras (ABL) e jornalista, Merval Pereira, foi enfático ao dizer que acha um absurdo os candidatos Lula (PT) e Bolsonaro (PL) ficarem envolvendo temas religiosos em suas campanhas. “Isso nunca aconteceu no Brasil e não é bom para o futuro da nossa democracia”, afirmou.
Educação comprometida
Em Brasília, especialistas de plantão lembram que o esquema educacional no Brasil está com problemas sérios, muito por conta das dificuldades relacionadas à pandemia. No entanto, o fato de termos tido 4 titulares neste ministério também teve lá a sua parcela de culpa.
Problema econômico
Na avaliação do cientista político, Leonardo Sakamoto, os problemas econômicos atuais no Brasil podem representar uma espécie de bomba-relógio, a ser explodida no exercício fiscal do próximo ano com qualquer um que for o presidente. “Vai ser difícil sair desta enrascada, onde se autorizou muitas despesas, sem ter de onde tirar tanto dinheiro”, comentou.
Filosofia pura
“O templo sagrado é sagrado, pois não está à venda. Mesmo porque, se estivesse, não poderia jamais ser sagrado. Seria outra coisa qualquer, uma mercadoria, por exemplo”. Frase dita pelo filósofo Mario Sergio Cortella.
Crescimento industrial
Para especialistas em Brasília e São Paulo, o crescimento industrial precisa ser uma pauta permanente a partir do próximo ano, afinal, isso seria necessário para acabar com a estagnação do setor. Porém, antes de tudo, o segmento deverá investir pesado em tecnologia se quiser, pelo menos, se aproximar dos países em desenvolvimento. Ou seja, haja investimento, minha gente!
Dupla sertaneja
Como se fosse uma dupla sertaneja, a viajar pelos rincões do país, a senadora Simone Tebet (MDB) e a deputada federal eleita, Marina Silva (Rede), vão percorrer juntas os estados do Centro-Oeste e do Norte pedindo votos a favor de Lula (PT).
Mentiroso internacional
No passado, Nelson Campos, presidente do Atlético Mineiro por anos a fi o, dizia que ele concedia entrevistas incorretas quase todos os dias, mas eram colocações tão perfeitas que ele próprio acreditava em suas lorotas. Esse tem sido o perfil do ex-presidente Donald Trump, dos Estados Unidos. Mente às vezes para ele mesmo. Opinião dos jornalistas da crônica internacional.
Senador índio?
Foi em tom irônico que a jornalista Patrícia Campos Mello, da Folha de São Paulo, leu a informação de que o vice-presidente e senador eleito Hamilton Mourão (Republicanos), está sendo apontado como integrante da bancada indígena. “Isso é um absurdo! É uma falácia, um desrespeito para com os povos originários”, dispara a comunicadora.
Novo, velho partido
O cientista político Ricardo Sennes, durante debate na TV Cultura, disse: “O partido Novo, que veio com mil e uma propostas de mudar toda a estrutura partidária do país, não passou no teste das urnas. Assim, o Novo envelheceu antes da hora e, agora, ou aceita se coligar com outras siglas ou sucumbirá perante a legislação eleitoral brasileira”. Ou seja, o partido dos ricos e dos banqueiros, não funcionou.