Todo final de campanha eleitoral torna notório os conhecidos exageros, quase sempre praticados por apoiadores ou militantes. E, no pleito de 2022, não está sendo diferente. Ao contrário, tem havido uma polarização exacerbada, com o intuito de comprometer a própria democracia brasileira. Questionamentos em relação, por exemplo, à confiabilidade do processo de votação por meio das urnas eletrônicas, cujo procedimento, já testado há mais de duas décadas, não apresentou problemas consistentes.
O momento é de convocação aos eleitores, afinal, em uma semana, estaremos a caminho das urnas. Em 2 de outubro, de 8h às 17h, todos os brasileiros são iguais. E a manifestação de cada um, na hora de votar, é um direito adquirido por lei, sem pressões de qualquer ordem.
Em verdade, espera-se que ninguém deixe de cumprir com esse singular dever cívico. As futuras gerações agradecem, especialmente se forem escolhidos os melhores nomes que estão disputando os mais diferentes cargos na peleja deste ano.
Ao tomar posse, no final de junho, já em período de pré-campanha, o presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG), o desembargador Maurício Torres, deu um tom de sua orientação: “Vamos fazer uma fiscalização severa para que as leis sejam cumpridas, porém, com a certeza de que teremos mais uma festa da democracia a caminho”.
Minas Gerais é o segundo colégio eleitoral do Brasil. Assim, as centenas de candidatos a deputados federais, estaduais, senadores e os 10 nomes que pleiteiam o governo de Minas, terão a árdua tarefa de convencer 16.290.870 eleitores mineiros, espalhados pelos 853 municípios.
A exemplo dos últimos pleitos, desta vez, também se propala a existência de apenas uma dupla com chances de vencer a eleição para o Governo do Estado. Além do governador Romeu Zema (Novo), candidato à reeleição, o nome do ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), está no topo da lista. No entanto, consta como alternativas: Cabo Tristao (PMB); o senador Carlos Viana (PL); Indira Xavier (UP); Lorene Figueiredo (Psol); Lourdes Francisco (PCO); Marcus Pestana (PSDB); Renata Regina (PCB); e Vanessa Portugal (PSTU).
São 10 postulantes disputando o Palácio Tiradentes, entre eles, muitas candidatas mulheres. E, como o contingente delas, segundo as pesquisas, é maior do que o masculino, o momento de importância dessa escolha também recai sobre um nome feminino. Vale dizer, é um jogo político e de poder, onde depositamos nas mãos dos vencedores os nossos destinos. Não se trata simplesmente de uma partida de futebol em final de campeonato, quando a escolha acontece entre um e outro. Neste primeiro turno, esta lista está exposta e os seus candidatos debatem em público as propostas. Uns apresentam teses mais conservadoras, enquanto outros, de viés ideológico, são representantes das classes trabalhadoras, mais relacionados aos movimentos sindicais. Temos candidatos com possibilidades de atender aos interesses coletivos e dos eleitores, razão maior da realização de eleições livres e democráticas.