A partir deste início de 2022, como não poderia deixar de ser, as principais pautas serão referentes à sucessão mineira e nacional. No entanto, grupos políticos já se organizam para tratar de outros temas como a eleição na capital mineira.
A sutileza ao abordar esse assunto se deve ao fato deste pleito acontecer somente daqui a exatos 3 anos. Contudo, semana passada, entrou em cena uma nova informação: a probabilidade do retorno do ex-prefeito Marcio Lacerda à lide política partidária.
Atualmente, o nome dele é aludido como integrante da lista de postulantes ao Palácio Tiradentes para este final de ano. Entretanto, suas chances eleitorais seriam mínimas, especificamente no que se refere ao governo estadual, segundo os matemáticos da política mineira.
Só para rememorar: foi Lacerda quem, à época, praticamente bancou a candidatura do atual prefeito Alexandre Kalil (PSD) para sucedê-lo. Vitorioso, Kalil fez questão de manter em sua estrutura de governo nomes ligados a Lacerda, com destaque para o influente secretário de Obras e Infraestrutura, Josué Valadão. Na área de Saúde, o técnico Fabiano Pimenta é influentíssimo. E ele, segundo informação, está no posto desde o primeiro momento da então administração lacerdista, tendo continuado no cargo até agora. Fora esses dois representantes, registra-se a presença de pessoas ligadas à antiga administração, especialmente na Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap).
Azeredo e Pimentel
Como em política tudo é possível de acontecer, é bom o eleitor ficar atento, pois outros dois nomes de ex-prefeitos também encabeçam o debate. Trata-se de Eduardo Azeredo e do petista Fernando Pimentel. Quando por lá estiveram, finalizaram suas administrações bem avaliadas pelos belo-horizontinos.
Relativamente a Azeredo, os amigos e antigos correligionários não confirmam, mas também não desmentem as informações sobre um possível projeto futuro de sua parte.
Já Fernando Pimentel, embora seus parceiros não queiram assumir se há essa pretensão de seu retorno à titularidade de administração da capital, o certo é que essas mesmas fontes acrescentam: “No momento, o seu projeto se direciona a candidatura a deputado federal. Porém, uma vez eleito, tudo pode mudar”.
Empresariado
Indagado sobre esse cenário, o empresário e presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), Marcelo de Souza e Silva, considerado uma das lideranças empresariais da cidade, disse que esse tema será colocado em pauta a partir de 2023. “Em minha avaliação, o eleitor deverá preferir nomes com reconhecida capacidade administrativa. A aposta precisa ser em um candidato que não represente apenas a renovação, como muitos propalam. É necessário muito mais para disputar o cargo e ter chances de vitória”, acredita.