Quando a pandemia passar, o Brasil vai necessitar buscar alternativas para o seu crescimento econômico, com o escopo de gerar emprego e renda, itens indispensáveis na contribuição para a salutar e essencial continuidade da vida de todos. Um dos setores capazes de ser escalado como esteio dessa esperada retomada é a indústria. Uma pesquisa da Confederação Nacional das Indústrias (CNI) aponta que o ramo no país é escolhido como determinante no cotidiano das pessoas. Essa foi a opinião de 24% dos entrevistados, seguido pelo setor da agricultura, com seus 22% das avaliações. No universo sondado, comprovou-se que nove em cada 10 mencionam o segmento como prioritário.
Do alto de sua responsabilidade como presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), o empresário Flávio Roscoe enfatiza que a população brasileira, de acordo com os dados difundidos, elegeu a indústria como essencial, especialmente a partir da fabricação e também da criação dos produtos importantes para a qualidade de vida das pessoas. Em verdade, o setor brasileiro está atuando diuturnamente acoplado ao poder público – governo federal, estadual e até municipal, na busca por alternativas para minimizar os efeitos da pandemia da COVID-19, mediante produção de itens para atendimento à área hospitalar, sobretudo, injetando recursos financeiros para possibilitar a aquisição de insumos básicos destinados ao atendimento dos pacientes contaminados pelo vírus. Para além dessa realidade, tem havido ainda, o suporte explícito, visando cooperar com os compromissos financeiros ocasionados pela situação de crise sanitária a qual todos estão submetidos.
É notória a percepção pública no tangente a significação do fortalecimento do Parque Produtivo Brasileiro. Até quão, e de acordo com comentário do presidente da CNI, o empresário Robson Braga de Andrade, não existe país forte sem uma indústria forte. Os números revelados pela sondagem da CNI devem ser traduzidos em um roteiro a ser analisado por especialistas, até porque ela é reveladora no sentido de que 60% da população concorda totalmente ou em parte que os empregos gerados ali são mais significativos e gratificantes. Já 55% do pesquisados ponderam que o setor paga os melhores salários e, finalmente, 52% asseguram que os trabalhadores do ramo são mais qualificados. Nos dados da estimativa constata-se por fim; os patrões do segmento pagam os melhores salários aos seus trabalhadores, especialmente aos portadores de cursos superiores. O resultado dessa realidade é esse extrato a influenciar diretamente na distribuição da renda per capita brasileira. O quadro esquematizado pelos consultados abona: dois em cada três ouvidos avaliam que esse valor salarial mais substantivo ajuda a contribuir positivamente para o desenvolvimento econômico. Outra opinião: uma média de 94% concorda com relação a necessidade de mais investimento para aumentar o potencial produtivo.
Nestes longos meses de isolamento social, onde muitos brasileiros sucumbiram, contaminados pelo novo coronavírus, inúmeros foram os estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços a suspenderem suas atividades, além de, em grande parte do tempo, terem sido obrigados a ficarem com as portas fechadas, cuja drástica realidade deixou um rastro de milhares de desempregados e, ainda por cima, uma complicada situação financeira da maioria dessas aludidas empresas. Outrossim, o Parque Industrial de Minas Gerais ao lado dos coirmãos brasileiros serviram de pilar na manutenção dos postos de trabalho, garantindo o abastecimento das redes de distribuição de produtos eficazes à vida e ao atendimento de pacientes.
Fica o registro para a história. Neste momento de calamidade nacional, onde o desespero bate à porta de muitos, a nossa gente, apesar de tudo isso, ainda teve a sobriedade de reconhecer a importância do desempenho das nossas fábricas como capítulo preponderante à retomada do crescimento econômico e social, caminho para o retorno das plenas atividades laborais de muitos. Claro, tudo isso será mais factível quando essa tormenta sanitária chegar ao fim.