Na foto: O presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (SetraBH), Joel Paschoalin (foto), vê com preocupação os prejuízos acumulados pelo sistema durante a pandemia da COVID-19. Considerando o período de março a dezembro de 2020, os danos já somam mais de R$ 300 milhões
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Ciclistas são as maiores vítimas no trânsito. No Brasil, entre 2010 e 2019, morreram quase 14 mil ciclistas. Infelizmente, Minas Gerais está entre os primeiros na lista dessa triste estatística. Foram colisões com motocicletas, automóveis, ônibus, caminhões e outros veículos de transporte. Nem o isolamento social, em virtude da pandemia, freou a quantidade de acidentes. É verdade que cresceu o número de bicicletas no dia a dia, devido a fatores como o excesso de congestionamento nos grandes centros e o custo baixo do veículo. Em 2018, o ex-presidente da República, Michel Temer, aprovou o Programa Bicicleta Brasil, para incentivar a construção de ciclovias e bicicletários, mas o programa não saiu do papel até hoje. Para diminuir esses acidentes, são necessários esforços para ampliar a educação e o grau de conscientização de condutores.
Pandemia continua fechando bares e restaurantes. Quando a pandemia passar e o coronavírus estiver controlado, inúmeras fachadas comerciais da capital mineira poderão estar bem diferentes do que os belo- -horizontinos estavam habituados. É que muitos bares e restaurantes não conseguiram manter suas atividades e encerraram os serviços definitivamente. Entre eles, podemos citar o Guaja, Alma Chef, Tasca do Miguel, A Favorita, Armazém Parmeggiano e, por último, o Vecchio Sogno, que funcionou por 25 anos e tem sua trajetória marcada pelo reconhecimento de ser um dos restaurantes mais relevantes do cenário gastronômico mineiro. Desde o início da pandemia, cerca de 8.500 bares e restaurantes fecharam em BH. São poucas perspectivas de que as coisas voltarão ao que eram antes, por mais que agora exista uma vacina contra a COVID-19.
Aplicação das emendas parlamentares nas cidades. Emendas parlamentares são recursos do orçamento público indicados pelos membros do Congresso Nacional e das Assembleias Legislativas estaduais para finalidades públicas, geralmente, relacionada ao interesse eleitoral de cada parlamentar. Mas será que isso está certo? O atual processo de distribuição aumenta o risco de uso ineficiente do dinheiro público, além de incentivar a troca de interesses e a corrupção. O ideal é que os recursos fossem entregues diretamente aos municípios, de acordo com critérios técnicos, sem a decisão de cada deputado. Ou seja, elas seriam aplicadas onde realmente a população está necessitando de obras sociais, sem nenhum cunho político. Entretanto essa não é a postura padrão da maioria dos políticos, que sempre indicam as emendas para os seus currais eleitorais, onde tem votações expressivas e depois cobram dos prefeitos e vereadores na época das eleições.
VACINAÇÃO NA CAPITAL ESTÁ A PASSOS LENTOS
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou no dia 17 de janeiro o uso emergencial, em caráter experimental, da Coronavac, vacina desenvolvida na China e distribuída no Brasil pelo Instituto Butantan. Pois bem, o imunizante é uma ótima notícia para os brasileiros. Mas até agora, em Belo Horizonte, pela ordem de prioridade, foram vacinados somente 30 mil profissionais de saúde da linha de frente, que receberão duas doses num intervalo de quase 30 dias. Ou seja, menos de um terço de um total de 140 mil médicos, enfermeiros e técnicos. A realidade é que ainda não temos vacinas suficientes para imunizar o público-alvo da primeira fase, porque faltam insumos para a sua produção. Em outros países, a vacinação já está bem mais adiantada.
FALTA DE OXIGÊNIO CAUSA REVOLTA NO AMAZONAS
A falta de oxigênio para salvar vidas no Amazonas, em decorrência da pandemia, causou revolta e indignação em todo o Brasil na semana passada. Onde estavam os deputados estaduais e federais do estado? Cadê o prefeito e o governador que foram alertados em novembro sobre a possibilidade de falta de oxigênio? Foi um tremendo descaso de todo esses mandatários que só pensam em se manter nos cargos políticos e deixam o povo à própria sorte. É preciso responsabilizar os culpados por isso em todas as esferas de governo. Dezenas de pacientes morreram nos hospitais da capital Manaus e, enquanto isso, o presidente Bolsonaro zomba da COVID-19 e o seu governo demonstra uma total incapacidade para enfrentar a pandemia. Não podemos deixar de citar o belo exemplo de solidariedade de inúmeras pessoas pelo país que doaram cilindros de oxigênio para tentar minimizar o sofrimento dos “irmãos” amazonenses.
ESPETACULARIZAÇÃO DA ANVISA AO APROVAR A VACINA
A aprovação das vacinas da COVID-19 pela Anvisa foi marcada por uma espetacularização midiática em que os diretores do órgão aproveitaram da sua audiência, ao vivo, nos meios de comunicação, e criticaram a ineficiência do poder público, em todas as suas esferas, na gestão da crise sanitária. Além disso, foram apresentados relatórios detalhados sobre o desenvolvimento das vacinas de Oxford e a Coronavac e, ao final, de mais de 5 horas de reunião, como já era esperado por toda a população, terminou com votação unânime pela aprovação do uso emergencial da medida sanitária para barrar a pandemia que já matou mais de 210 mil brasileiros.
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