Uma vez, despretensiosamente folheando um livro, me chamou a atenção uma frase que me auxilia sempre: “Crer para Ver”. Autoajuda? Depende de escutas apressadas, de aprendizados robotizados e de superfícies na corrida pelo tempo. Depende ainda do seu foco e abertura ao famoso “reinventar”.
Entretanto, não se pode negar que a origem de tudo se inicia no desconhecido pela frágil consciência, ou seja, o desejo inconsciente, que dará origem ao pensamento. Observe o pensamento. Observe, contemple, pois é o espelho do seu mundo. É lá, no pensamento, que criamos a nossa ansiedade, a depressão, o pânico devastador e extremamente sofrido, as conquistas, alegrias e o lugar que ocupamos na vida.
Tudo nosso. Mesmo que seja do avesso, é nosso. Mesmo que se manifeste em uma jornada de quarentena, nos pertence. Já nos habita há tempos. Vamos nos acolher e cuidar. Sairemos mais fortes logo à frente.
Observe que o planeta é linear, a tecnologia onipresente e a nossa mente não têm fronteiras. Sabemos que, sem limite, a imaginação é metade da doença, a tranquilidade é metade do remédio e que a paciência e os pensamentos, são o começo da cura. Sim, em tempo, as glândulas, o espelho do eu.
Será que sabemos de nós? Fomos preparados para escutar o nosso “eu” no frenesi para preencher vazios? Lembro-me de uma música que canta a respeito de um tal de “José”, cuja festa acabou.
É necessário transpor as diversas camadas de desequilíbrio que oculta e, ao mesmo tempo, nos permite a escuta e o serenar de vozes que roubam o nosso sentido pela vida. Podemos, agora, fortalecer sistemas de proteção psíquicos contra as crescentes ameaças à segurança e ao isolamento. “Isolamento”? Já estamos há muito isolados no sistema de extravios de endereços das nossas emoções.
Vamos criar saúde? Lembre-se. Há tempos, o mundo está alerta e a espera de uma bomba invisível, devastadora, sem antídoto às mãos. A pior das guerras negligenciada a céu aberto. A informação, a maior arma do nosso tempo, retida e contida em tubos de ensaio e canais de poder. Aqui estamos nós, em coro nas sacadas, cantando o hino da cura para a terra.
Daí, não saberemos de pronto como conhecer e combater o inimigo. Adeus ensinamentos milenares de Sun Tzu em “A Arte da Guerra” que, por um período precioso, leva vidas e mais vidas pelo planeta afora.
Sabemos de nós? Não importa quarentena, isolamento ou quais obstáculos enfrentemos. É sempre bom saber sobre nossas forças, valores, zonas de conforto, pontos cegos e preconceitos.
É vital termos a consciência clara de que todos nós apresentamos muitas chances de crescer frente às oportunidades que o caos nos oferece e começamos a evoluir. Física, mental e/ou espiritualmente. Como pessoa única que somos na família, no trabalho ou na sociedade sempre teremos esta oportunidade, mas é necessário que haja a permissão íntima. Em algumas facetas de nossas vidas somos heróis e, em outras, somos frágeis, temos medo, coragem e otimismo, ou seja, somos portas para a resiliência.
O reconhecimento, por coisas que você está fazendo bem, é um ponto de referência para se tornar ainda melhor e continuar. Estar sempre sob a luz dos vagalumes é estar cercado de possibilidades. Sim, não são necessários holofotes e plateias.
Apreciamos nos tornar ou sermos ainda mais empreendedores, pessoas melhores, íntegras e simples. Somos apaixonados pelo que acreditamos, pela nossa vocação. O empreendedorismo, ou criar algo novo, ou mesmo ocupar outra cadeira, é difícil. Por esta razão, a paixão precisa existir e nos levar a reconhecermos a capacidade de realização, à nossa autoestima e aos nossos prazeres.
É preciso suportar a luta e fazer “da queda, um passo de dança. Saber que quando terminarmos, estamos apenas começando”. Respire, inspire, celebre. Agora também é tempo de renovar, de transformar algumas coisas simples em melhores. Tempo de inventar uma maneira de trazer para o mundo, e para você, novas formas de encontro e de alegria.
O mais importante é que o seu próprio tempo seja usado da melhor maneira possível. Ideias chegam e podem se materializar. Será bom otimizar os impactos que serão bem utilizados sobre novos ângulos.
Dê atenção aos pontos positivos, aos pensamentos criativos. Uma nova plataforma. Um ponto de referência para onde você pode alcançar um espaço ainda maior e repleto do sentimento de realização.
Que o momento seja de compaixão, empatia e leveza. “Nos momentos de silêncio, compreenda que você está tendo a chance de voltar a entrar em contato com a sua fonte de percepção pura”. Entretanto, saiba do perigo encontrado nas “superfícies”. Vá além do álcool gel. “Fazer da queda um passo de dança”. Autoestima e resiliência!
*Efigenia Vieira
CEO da Upside Group
Contato: jussara@navescoelhobh.com.br