Zema e os professores
Um dos mais respeitados jornalistas mineiros, Orion Teixeira, analisou que a recente decisão do governador Romeu Zema (Novo) de conceder aumento de 40% aos membros das forças de segurança do Estado pode ter sido uma escolha errada. Na avaliação do comunicador, o chefe do Executivo mineiro, no final do ano passado, tentou outras alternativas, inclusive em Brasília, mas ouviu do presidente Bolsonaro que não poderia entrar neste assunto. Então, se viu obrigado a atender a reivindicação do grupo. Agora, terá de enfrentar um verdadeiro inferno das outras classes, sobretudo dos professores, com intermediação da Central Única dos Trabalhadores (CUT), liderada pela deputada Beatriz Cerqueira (PT).
PT e os evangélicos
Em fase de se reinventar, o PT vai correr atrás do prejuízo para se reestruturar em Minas e no Brasil. Segundo avalia o presidente do diretório estadual, deputado Cristiano Silveira, a sigla vai “correr atrás de todos segmentos, inclusive buscar uma reaproximação à comunidade evangélica”, disse.
Sucessão em Contagem
Se participasse da disputa eleitoral, o ex-prefeito de Contagem Ademir Lucas (PSDB) estaria bem avaliado entre os eleitores. No entanto, os analistas de pesquisas comentam que nas últimas eleições, Ademir nunca passou do patamar dos 22%. Ou seja, falta fôlego na hora da chegada.
Sucessão em Betim
Amigos do ex-prefeito de Betim, Carlaile Pedrosa (PSDB), vão direto ao ponto. Ele não tem interesse em ouvir falar de sucessão este ano. “Quer mesmo é viver a vida de aposentado”, garantem.
Paz na Fecomércio
O noticiário negativo envolvendo a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio MG) por conta do entra e sai de dirigentes parece ter ficado no passado. Por lá, segundo se comenta nos meios econômicos, a calmaria está de volta.
Burguês, vice-prefeito?
A imprensa de Belo Horizonte ainda especula sobre a possibilidade do líder do prefeito Kalil (PSD), na Câmara de Vereadores, Leo Burguês (PSL) se credenciar como candidato a vice-prefeito na chapa de Kalil. Se isto não acontecer, devido à mega exposição pública, o vereador deverá ter uma votação expressiva em uma tentativa de reeleição.
Economia nacional
“De acordo com informações de bastidores, o governo federal vai lançar, no final deste semestre, um grande Pacote de Obras para garantir a retomada do emprego, garantindo paralelamente a volta de melhores índices econômicos. Tomara que isso realmente aconteça”. Opinião da jornalista e analista de economia Juliana Rosa, durante debate sobre o tema na TV recentemente.
Barrando os “barnabés”
Segundo informações ouvidas na sala de imprensa da Câmara dos Deputados, um projeto de lei de autoria do Legislativo, proibindo a filiação de funcionários públicos a partidos políticos, está prestes a ser levado ao conhecimento público.
Militares no Planalto
Não é oficial, mas a orientação do Planalto é de que, além dos ministros, os principais cargos de decisões no âmbito do assessoramento direto do presidente da República devem ser preenchidos por militares. Com isso, ninguém de lá vai ficar usando o cargo para fazer política, comentam alguns amigos de Bolsonaro.
Política e economia
Com experiência de três décadas, o jornalista João Borges, da Globo News, comentou: “As pessoas comuns acham que quem manda na economia são os grandes empresários, mas não é bem assim. Por exemplo, uma simples frase de um ministro, dependendo do conteúdo, faz a Bolsa de Valores subir ou descer e o dólar oscilar”.
Carnaval lá e cá
Semana passada, o historiador Marco Antonio Villa encheu a boca para falar do crescimento do Carnaval de São Paulo. No entanto, o bairrismo o impediu de comentar que a festa momesca em Belo Horizonte, nos últimos 3 anos, reuniu milhões de foliões.
Ministro equilibrado
Juristas de todo Brasil concordam que a aposentadoria do ministro do Superior Tribunal Federal (STF) Celso de Mello, no segundo semestre deste ano, irá trazer um inquestionável desequilíbrio na Corte Suprema. O ministro é muito respeitado pelos colegas por conta de sua reconhecida cultura e serenidade.
Epidemia mundial
Professor da USP e presidente do Instituto de Estudos Avançados da universidade, o médico Paulo Saldiva, disse: “Ninguém pode ter dúvida, o coronavírus se transformará em uma epidemia mundial”, lamentou. Contudo, durante sua análise, o mestre não explicou os motivos para tanto pessimismo.
Destruindo a natureza
“As pessoas destroem a natureza. Aí, elas ficam em dificuldade para encontrar uma maneira de barrar os estragos causados pelos desmandos ambientais. Quem mais sofre com isso é a própria população, autora de seus próprios desastres naturais”. Reflexão do filósofo Mario Sérgio Cortella.
Abandonando a imprensa
“A imprensa brasileira, especialmente a que cobre política em Brasília, nunca foi tão desmerecida como agora sob o comando do presidente Jair Bolsonaro. Isso é um absurdo, pois a imprensa é um braço preponderante de qualquer democracia”. Avaliação do filósofo Luiz Felipe Pondé.
Comentário único. Em verdade, os jornalistas são preteridos e, com exceção das entidades de classe, ninguém de peso os defendem. As reações a esse tratamento deveriam ser contundentes.
Civil militar
Irônico, o apresentador e jornalista Marcelo Tas soltou: “No Brasil tudo é diferente. No momento, temos um governo civil, mas com aparato e cara de governo militar”. Isso ficou mais nítido após a saída de Onyx Lorenzoni da Casa Civil, cujo cargo foi ocupado por um general de cinco estrelas.
Ministro falante
Profissionais da imprensa com acesso ao Palácio do Planalto, são unânimes em dizer que a assessoria de comunicação da Presidência insiste que o ministro da economia Paulo Guedes evite falar em público. “Ele sempre escorrega e esses deslizes sempre trazem problemas para o governo e, principalmente, provocam oscilações na economia. Mas o cidadão tem língua solta, fazer o quê?”, dizem alguns deputados governistas.
Executivo x Legislativo
A ordem em Brasília é evitar que os membros do Executivo coloquem em suas pranchetas temas polêmicos, pois isso acabaria atrapalhando o andamento de projetos importantes no Congresso, como a Reforma Administrativa. Os membros do governo têm a impressão que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), fica esperando alguma frase mais contundente para rebater por meio da TV.
Sem votos
As grandes cidades do Sudeste, São Paulo, Vitória, Rio e, especialmente, Belo Horizonte, sofrerem de maneira demasiada com as recentes chuvas. No entanto, todos sabem que isso aconteceu por falta de obras de infraestrutura. Ao longo de décadas, políticos não quiseram realizá-las, pois são caras, ficam debaixo do chão e, o pior, não rendem votos. Só que agora, tem gente morrendo por conta dessa heresia.
Conselho sem sentido
Criar o Conselho da Amazônia sem a presença dos governadores é a mesma coisa de realizar uma festa sem a presença dos donos da casa. Um absurdo completo”, opina o ex-deputado federal e advogado Airton Soares.