Quando iniciou o seu mandato, há quase um ano, o governador Romeu Zema (Novo) só tinha certeza de uma coisa: estava chegando para administrar um estado falido. Uma vez empossado, se viu obrigado a enfrentar alguns percalços, visto que havia necessidade de tornar a realidade de Minas Gerais compatível com o que ele prometeu nos discursos de campanha.
Talvez, o primeiro grande embate de Zema veio por parte dos prefeitos, capitaneados pela Associação Mineira de Municípios (AMM), que, à época, fez uma campanha pesada para mostrar que o estado estava devendo bilhões a eles devido à falta de repasse de verbas obrigatórias.
De acordo com observações de parlamentares estaduais, atualmente, o governador tem se revelado um capitão que conduz o barco de maneira calma, na Cidade Administrativa, mesmo mediante às águas turvas.
Para o deputado do PTB Arlen Santiago, o chefe do Executivo mineiro já era um homem de sucesso na iniciativa privada e, agora, no mais importante cargo público do estado, tem tomado decisões sensatas. “Uma coisa precisa ficar clara: estamos falando de um administrador que coloca a honestidade dele e de seus principais auxiliares em primeiro lugar. E isso é de suma importância, pois estar à frente da máquina pública requer transparência”, diz.
Secretários influentes
Ao longo dos 11 primeiros meses de governo, Zema conta com uma dupla qualificada de secretários. Trata-se do titular da Secretaria de Planejamento e Gestão, Otto Alexandre Levy Reis e de Gustavo Barbosa, na Secretaria de Fazenda. Os dois eram desconhecidos pelos formadores de opinião, mas, já são avaliados como personalidades públicas que assumiram seus respectivos postos com o objetivo de fazer a diferença, pois a eles foi confiada a missão de contribuir com o governador do estado na reestruturação financeira, administrativa e de planejamento de Minas Gerais.
Agora, no final do segundo semestre, formou-se outra dupla importante: o vice-governador Paulo Brant (Novo), que já é conhecido de todos; e o secretário de Governo, deputado federal Bilac Pinto (DEM), que tem uma ficha pública extensa por ter passado pelo cargo de deputado estadual durante vários mandatos, ser ex-secretário de Estado de Ciência e Tecnologia e, agora, parlamentar federal.
Ao assumir a secretaria, Bilac Pinto se deparou com o enorme desafio de abrir caminho para estreitar o relacionamento do governador do estado com os outros setores políticos, especialmente, na Assembleia Legislativa, com suas demandas duradouras. Ele também atuou no Planalto Central, afinal, para o Governo ter prestígio em Brasília, era necessária uma atuação firme de seus auxiliares políticos.
Quem circula pela Cidade Administrativa sempre encontra motivo para visitar o gabinete de despachos do secretário-geral do Estado, Igor Eto, homem de estrita confiança do governador e que detém o poder de tomar parte das decisões do Governo de Minas Gerais.
A comunicação social da gestão de Zema também deve ser destacada. O perfil marcante do atual secretário, o jornalista e publicitário, Roberto Bastianetto que. além de cumprir sua tarefa cotidiana, ainda se faz onipresente em quase todos os acontecimentos relacionados à mídia, em Belo horizonte. Ele é admirado nos meandros do jornalismo mineiro.