O VAR, ou árbitro de vídeo, é a grande novidade do futebol nos últimos meses. As regras básicas e centenárias permanecem as mesmas com algumas alterações importantes como o impedimento.
O árbitro de vídeo aprova ou reprova decisões tomadas pelo juiz principal e seus assistentes ao mostrar lances que escapam da visão da arbitragem.
Nas dúvidas em relação a gol, pênalti, cartão vermelho ou confusão de identidade, a telinha na beirada do campo revela a verdade. E ao juiz cabe aceitá-las ou não, pois a ele pertence a última palavra. Se o jogo recomeçar, morre o VAR.
Há muita dúvida no ar e a crítica justa que tem sido feita ao VAR é a demora em se tomar a decisão parando o jogo por vários minutos e esfriando totalmente o clima da partida. O jogo volta em outro ritmo o que tira muito a essência de uma disputa. Mas algumas providências precisam ser tomadas urgentemente.
1) os clubes devem fazer reuniões com os seus profissionais – comissão técnica e jogadores – explicando o que é cabível na aplicação do VAR. Há um desconhecimento geral em torno do assunto.
2) o lance do Henrique (capitão do Cruzeiro) contra o River em cima do Pratto chega às raias do ridículo. Inconcebível, mesmo porque Henrique carrega uma experiência invejável e tem voz de comando no clube.
3) o futebol brasileiro é praticado com muita deslealdade. Tudo é feito para enganar a arbitragem e simular o tempo todo. Com o VAR, os jogadores agora vão ter que tomar consciência de que as imagens não mentem e a disputa é gravada em vários ângulos. O jogo limpo entrou em campo. Os espertinhos que se cuidem.
*Presidente da Rede Itatiaia de Rádio