Caracterizada por uma forte vermelhidão na pele, a rosácea atinge cerca de 45 milhões de pessoas em todo o mundo. No Brasil, estima-se que 10% da população seja acometida pela dermatose, mais comum em mulheres brancas com faixa etária de 30 a 50 anos.
O dermatologista e professor do Departamento de Clínica Médica da UFMG Geraldo Magela informa que se sabe as manifestações e fatores relacionados à piora do quadro, mas que os mecanismos responsáveis pelo surgimento da doença ainda são desconhecidos. Ele acrescenta que acredita-se existam questões individuais e genéticas. “Não é uma herança conhecida. A pessoa não nasce com o problema, o quadro é adquirido durante a vida”.
Apesar de ser incomum, foi na infância que a operadora de caixa Geovanna Bonfatti notou a vermelhidão no rosto. “Minha bochecha ardia bastante, como se estivessem passando a unha com força. Mas só descobri que era rosácea na adolescência, quando fui à dermatologista e ela decidiu investigar”.
Geovanna conta que, no começo, ficou incomodada com sua aparência. “Eu passava maquiagem para esconder, mas muita gente diz que acha até fofo, porque a minha mancha é na bochecha e fica parecendo blush. Comecei a usar produtos adequados e isso também controla bem”.
Orientada pelo médico, ela usa produtos específicos. “Todos para pele sensível, suave e que não sejam à base de álcool. Além de alguns óleos que ajudam a acalmar a vermelhidão”.
Tratamento
Magela elucida que é necessário acompanhamento médico. “Como não se sabe a causa, não existe um tratamento definitivo. Por isso, o paciente precisa ter consciência de que dever ter um controle e manutenção para evitar que os sintomas voltem de maneira severa”.
Segundo ele, o mais comum são tratamentos diretamente na pele, com gel e creme ou medicamentos de uso oral. “Além disso, é preciso cuidar da higiene facial, porque existem fatores que podem piorar o quadro, como mudanças bruscas de temperatura e o uso de substâncias e sabonetes que agridam a pele”, conclui.