Mesmo enfrentando adversidades, o prefeito de Itabirito, Alex Salvador (PSD), acredita que a cidade melhorou nesses 6 anos que está sob a sua administração. Segundo ele, quando assumiu o comando da prefeitura, encontrou o município com poucas obras em andamento.
“No primeiro mandato pegamos a cidade destruída, apesar da situação financeira razoável. Com isso fizemos várias obras e deixamos Itabirito espetacular. Mas, no final de 2014, veio a crise e o minério caiu para US$ 40. As cidades mineradoras ficaram desesperadas, pois tiveram que fazer economia, o que deixa parte da população insatisfeita. Contudo, ainda conseguimos fazer um bom governo e fomos reeleitos”.
Para os 2 anos que ainda restam à frente da prefeitura, Salvador pretende finalizar os empreendimentos que começou no primeiro mandato. “Temos várias obras em andamento, como uma avenida que irá ligar a cidade de Norte a Sul, melhorando a mobilidade urbana. Além disso, estamos reformando diversos prédios públicos”.
O prefeito espera deixar uma boa marca da sua administração para os moradores. “Estamos construindo creches, asfaltando e pavimentando estradas, principalmente nos distritos. Ademais, queremos diversificar a economia, trazendo várias empresas e grandes festas que atraem os turistas, como o Carnaval”.
Mudança no Cfem
No final do ano passado, o presidente Michel Temer (MDB) aprovou a mudança da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (Cfem) que as mineradoras devem repassar para os municípios. Antes da nova lei, o valor destinado às prefeituras era de 2% do líquido e, a partir de março, será de 3,5% do bruto.
Salvador afirma que essa alteração representa um aumento significativo na arrecadação de Itabirito. “Somente na Cfem, teremos elevação de praticamente 100%. Iremos passar de R$ 3 milhões para R$ 6 mi. Se arrecadamos, no total, R$ 16 mi por mês, esse valor vai passar para R$ 19 mi”.
Ele salienta que essa era uma demanda antiga da Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais (Amig). “O Brasil é o lugar onde mais se produz minério e o que se menos se paga a alíquota. Nós não achamos justo e os prefeitos das cidades mineradoras, juntamente com Vitor Penido (DEM), trabalharam muito para que isso mudasse. Foi bom não só para Itabirito, mas sim para o país inteiro, pois não é correto o que as mineradoras fazem com os municípios”.
Apesar do aumento do Cfem, o prefeito acredita que esse não é o valor ideal. Para ele, o certo seria um repasse de 7%. “Para chegar a essa alíquota, falta força política, justiça e reconhecimento da mineradoras”.
Problemas com a justiça
Desde que assumiu o posto na prefeitura de Itabirito, Salvador já enfrentou quatro processos de cassação. Atualmente, a justiça eleitoral da cidade está o investigando por arrecadação ilegal durante a campanha de reeleição. De acordo com o processo, ele e o vice-prefeito, Wolney Pinto de Oliveira (DEM), receberam recursos financeiros de empresas privadas por meio de laranjas, o que não é permitido pela nova lei eleitoral.
Salvador acredita que há perseguição por parte da justiça municipal. “Infelizmente, temos um problema com o judiciário de Itabirito. Essa é a minha quarta cassação, sempre recorremos e ganhamos. Por isso, essa situação acaba levantando suspeita. Estão me caçando desde 2013 e estou no segundo mandato. Se a população não confiasse em mim e na equipe, não estaríamos aqui”, finaliza.