O governador Fernando Pimentel (PT), caminhando para o final de seu mandato, conviveu com momentos de dificuldades nestes quase 3 anos de administração. Segundo os analistas políticos, o secretariado não o auxiliou com tanta presteza na busca para se desvencilhar dos empecilhos com desenvoltura. A crise econômica nacional refletiu no Estado e, com isso, houve comprometimento de nossas finanças, o que inviabilizou que a máquina pública funcionasse, restando ínfimos recursos para o investimento em programas sociais.
Político experiente, o chefe do executivo mineiro, apesar dos reconhecidos percalços, sempre contou com apoio incondicional da sua bancada de parlamentares na ALMG e, paralelamente, com a compreensão da imprensa mineira.
Atualmente, Pimentel é líder de pesquisas das eleições de 2018, na qual ele, se não for atropelado pela Justiça, já começaria a campanha com mais de 20% da preferência do eleitor. No entanto, trata-se de um prestígio pessoal, afinal, sua equipe está retraída na Cidade Administrativa, dialogando de maneira tímida com os segmentos organizados da sociedade.
Alguns de seus secretários, que eram vistos como estrelas, já não brilham tanto. A começar pelo deputado federal Miguel Corrêa (PT), titular da pasta de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. No meio turístico, os empresários percebem a dificuldade de atuação de Ricardo Faria (PCdoB), comandante da Secretaria de Turismo. Uma pasta sem orçamento, projeto e que, até agora, nada acrescentou para o setor. Consta nos bastidores que a Secretaria de Estado de Desenvolvimento e Integração do Norte e Nordeste de Minas Gerais (Sedinor) só faz promessas, mas pouco entrega de resultados. Em relação ao secretário de Cultura, Ângelo Oswaldo, ele tem apresentado uma atuação ponderada, especialmente, aos olhares do grande público.
Havia informação indicando à possibilidade do deputado Sávio Souza Cruz (PMDB), da Secretaria de Saúde, deixar o cargo no mês de junho. Apesar dele continuar na função, a sua pasta reúne um enorme número de demandas e reclamações, grande parte delas, sem resposta positiva. Outra pasta, cujo dirigente anda sumido do noticiário político é Pedro Cláudio Leitão, no comando da Agricultura.
Além disso, existem os propalados nomes do denominado núcleo duro do governo: Marco Antônio Rezende, da Casa Civil; Odair Cunha, secretário de Estado; Helvécio Magalhães, do Planejamento; José Afonso Bicalho, da Fazenda; Macaé Evaristo, da Educação; e Murilo Valadares, de Transporte e Obras Públicas. Esses nomes são da confiança pessoal do governador, alguns deles influentes, inclusive, no PT de Minas. Todos aqui citados, juntamente com alguns assessores diretos, são blindados, imunes a críticas e observação pejorativas de terceiros, mesmo porque, dificilmente o chefe do executivo iria substituí-los por motivos banais.
Nos corredores da ALMG, no entanto, permanecem informações sobre uma completa alteração da equipe do governador neste final de ano, tendo em vista o projeto eleitoral de 2018.