Agora, a sucessão de 2018 já não está muito distante. E, como o modelo eleitoral facilita a eleição de nomes mais conhecidos, alguns políticos já se movimentam, intensamente, em busca de resultados positivos para o próximo ano.
É o caso do próprio governador Fernando Pimentel, empenhado em realizar visitas semanais em diversas regiões do interior do Estado, onde aproveita para manter contatos com lideranças regionais, além dos prefeitos e vereadores, naturalmente.
Afora esta realidade, vem atuando nos bastidores, de maneira independente o ex-presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Dinis Pinheiro. Filiado ao Partido Progressista (PP), ele está concluindo um plano de Estrutura de Trabalho com a finalidade aproveitar melhor o seu cabedal político, pois a partir deste Carnaval, irá intensificar contatos pelo interior do Estado, visando o próximo pleito eleitoral.
Os seus amigos o consideram obstinado e disposto a enfrentar a campanha para governador. “Se ele não for candidato, a sucessão
mineira terá de passar por ele”, confessam. A favor do ex-presidente da Assembleia, tem o fato de ele ser jovem com muita disposição física para enfrentar essa disputa. E mais: o seu partido, o PP, tem figuras expoentes, como o ex-governador Alberto Pinto Colho e, também, o prefeito de Uberlândia, Odelmo Leão – eleito na cidade com 80% dos votos no ano passado. Ele foi ainda deputado federal de vários mandatos. Só para registrar: atualmente, Uberlândia é o segundo colégio eleitoral do Estado, à frente de Contagem, que no último pleito passou para o terceiro posto.
Outros nomes em evidência
No rastro dessa discussão, continua a incógnita com avaliações de pessoas próximas, não está minimamente interessado em ser candidato a governador novamente. E, na verdade, hoje, a popularidade de Aécio Neves em Minas é muito ruim, devido as suas citações em diversas delações realizadas em Brasília. Por essas e outras razões os tucanos mineiros, estão, momentaneamente, com sérios problemas.
Dois nomes surgem como curingas nesse embate: o presidente da ALMG, Adalclever Lopes, filiado ao PMDB e do presidente da FIEMG, Olavo Machado, ainda sem filiação partidária, mas considerado uma opção para o pleito majoritário – pois tem o perfil exigido, ultimamente, pelo eleitor: alguém de sucesso na iniciativa privada e com o instinto e experiência de um bom administrador. Os nomes de ambos são mencionados para a cabeça de chapa, mas ainda figuram como sugestão para vice-governador ou uma possível candidatura ao senado.
Em relação ao ex-prefeito Marcio Lacerda, sabe-se de suas incursões pelos meandros da política estadual. No entanto, contra ele existem alguns poréns em relação ao seu passado. Exemplo: até hoje, muitos líderes interioranos se lembram de sua posição em relação à candidatura de Paulo Brant para a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), indicado por Lacerda e afastado também por ele, no dia anterior à convenção, de maneira estabanada e não muito bem explicada até hoje. Ou seja, esse episódio pode pesar contra o ex-prefeito da capital, no sentido de que ele não é um cumpridor de acordos.
O atual prefeito de BH Alexandre Kalil faz questão de avisar: não é e não será candidato a nada no ano próximo. O prefeito de Betim, o empresário Vittorio Medioli, no entanto, não tem essa mesma postura. Ele fica em silêncio sobre o assunto, mas pessoas próximas o consideram um líder com amplas chances de enfrentar essa disputa, inclusive, porque ajudou a influenciar na eleição de cerca de quatro dezenas de prefeitos, no ano passado, na Grande BH e em outras regiões mais distantes da capital.