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Festival Acessa BH celebra arte e cultura produzida por pessoas com deficiência

Foto: Divulgação

O Festival Acessa BH chega à sua 4ª edição na capital mineira, prometendo uma celebração vibrante da inclusão e da diversidade cultural. De 5 a 29 de setembro, o evento se expande com uma programação ainda mais rica e acessível, refletindo o compromisso da cidade com a promoção de uma sociedade mais inclusiva. Serão 25 dias de imersão em teatro, dança, música, cinema, performances, residência artística, rodas de conversa, intervenções urbanas e oficinas, promovendo um espaço de encontro e troca de experiências para todos os públicos.

Com programação gratuita e acessível, o Festival ocupará seis espaços culturais da capital mineira: Centro Cultural Unimed-BH Minas, Funarte MG, Palácio das Artes, Palácio da Liberdade, Sesc Palladium e Teatro Raul Belém Machado. Toda a programação oferece recursos de acessibilidade. Em 2024, o evento reúne artistas de seis estados brasileiros: Ceará, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo.

Daniel Vitral, idealizador e curador do festival, explica que o evento se consolida como um dos mais importantes de arte e cultura produzida e pensada por artistas e outros profissionais com deficiência. “Temos uma programação diversificada, reunindo artistas com e sem deficiência em diversas linguagens, como teatro, dança, música e cinema, em um ambiente acessível e acolhedor. Haverá espetáculos inéditos, estreias e encontros artísticos únicos. O Acessa BH é um festival para todos”.

O festival não é apenas uma celebração cultural, mas também uma plataforma para promover a conscientização e o diálogo sobre questões de inclusão e acessibilidade. “O Acessa BH também é um movimento que busca fomentar a cultura do acesso. Nos engajamos na luta anticapacitista e temos o propósito de impulsionar o fazer artístico de pessoas com deficiência e mostrar que a acessibilidade é um direito e uma responsabilidade de todos. Como cada um de nós pode contribuir para uma sociedade mais acessível?”, indaga Lais Vitral, também idealizadora e curadora do festival.

Entre os destaques da programação, o público poderá conferir 13 espetáculos inéditos em Belo Horizonte, sendo duas estreias: “Traços” e “Eu vi uma flor no deserto”, além da pré-estreia de “Monga”. O Acessa BH também contará com a participação de artistas consagrados, como Letícia Sabatella e Daniel Dantas, que apresentarão a obra “Ilíada de Homero Cantos I e XX”.

A professora de artes, Cecília Santana, afirma que a arte e a cultura produzidas por pessoas com deficiência têm um impacto profundo e multifacetado na sociedade. “Essa produção artística não só enriquece o panorama cultural global, mas também desempenha um papel crucial na promoção da inclusão e da compreensão mútua. Ela amplia a diversidade artística ao refletir vivências únicas e realidades distintas, oferecendo ao público uma visão mais completa e inclusiva do que é a experiência humana. Essa diversidade enriquece o patrimônio cultural e desafia normas estéticas e narrativas predominantes”.

A inclusão desses artistas no cenário cultural ajuda a combater estereótipos e preconceitos associados, salienta Cecília. “Através de suas obras, mostram que a deficiência não define a capacidade criativa ou a profundidade do talento. Ela contribui para a mudança de atitudes e a promoção de mais empatia e compreensão. Produzir e compartilhar arte permite que eles se afirmem como indivíduos, além de destacar a importância da acessibilidade cultural e provocar mudanças nas políticas e práticas sociais”.

Os ingressos para todas as atividades do festival são gratuitos e podem ser retirados com antecedência nas bilheterias dos respectivos espaços ou através de plataformas on-line. A programação completa está disponível no site www. acessabh.com.br.