Um novo tipo de empreendimento do setor alimentício tem feito sucesso e ganhado adeptos na capital: as saladerias. Dados do relatório Tendências Mundiais de Alimentação e Bebidas, lançado no ano passado, apontam que 79% dos brasileiros começaram a substituir produtos convencionais por outros mais saudáveis, principalmente legumes, folhas e grãos, além de açaí.
Nesse âmbito, 44% da população tem dado preferência a produtos sem corantes artificiais e 24% manifestaram o desejo de comer mais grãos integrais, como linhaça, chia e quinoa. A expectativa é de que, até 2021, o setor de alimentação natural cresça 4,41% ao ano no país, segundo o relatório.
Rodrigo Gauzzi, responsável pelo marketing da Saladeria 365, localizada no Barro Preto, Zona Sul de Belo Horizonte, observa que por aqui a população está seguindo a tendência nacional. “Os belo-horizontinos estão empenhados em mudar sua alimentação, mas, às vezes, a grande oferta de comidas pesadas de restaurantes comuns passa a ser um dificultador”.
Ele acrescenta que a demanda de pessoas querendo comer melhor acompanha outros setores voltados a hábitos saudáveis. “Já vem de um tempo essa mudança alimentar da população, ela acompanha, inclusive, o aumento no número de academias”.
O preço e a praticidade foi o que atraiu a jornalista Andreza Cruz. Ela, que possui hábitos saudáveis há 7 anos, já estava habituada a preparar sua alimentação em casa e a evitar restaurantes. “Achei a saladeira uma ótima opção, porque perto de onde trabalho os restaurantes são focados em prato feito que, na maioria das vezes, vem uma quantidade absurda de arroz e feijão e quase nada salada – sendo restrito a alface e tomate”.
Ela conta que o preço do prato varia de R$ 10 a R$ 15. “Gosto, principalmente, da variedade de legumes e vegetais, até mesmo coisas mais específicas como húmus e tofu porque, geralmente, pego um filé de tilápia junto. Sabendo a quantidade certa de tudo, a gente consegue ter todos os nutrientes. Fico bastante satisfeita e, o mais importante, não vejo o desperdício que acontece em pratos feitos para quem não come aquela quantidade”.
Gauzzi também acredita que a variedade é um atrativo. “Temos que estar sempre com os produtos frescos, afinal, todo alimento oferecido é perecível. Além disso, tem que ser algo fácil de montar e que sacie sem que o cliente fique pesado. A pessoa entra em uma saladeria empenhada em manter sua qualidade de vida, seu físico e ficar satisfeita, afinal, é uma refeição”.