Zema X Fuad?

Chegou a ser escandalosa a manifestação da presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH), a deputada federal eleita Nely Aquino (Podemos), na qual comemorou o resultado da eleição para a Mesa Diretora da Casa, na semana anterior. A dirigente aplaudiu especialmente a vitória do novo presidente Gabriel Azevedo.

Cena um – Nely, segundo consta nos bastidores, foi a principal articuladora em favor da eleição do novo presidente. Inclusive, há quem diga que tem uma espécie de DNA do grupo do governador Romeu Zema (Novo) nesta empreitada. Se isso se confirmar, ficará ainda mais difícil uma convivência harmônica entre a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) e o Palácio Tiradentes.

Cena Final – Durante todo o mandato como presidente da CMBH, ela foi poupada pela imprensa, inclusive não querendo especular sobre a origem do dinheiro de alguns abastados parentes dela.

Prefeita irritada

Quem quiser deixar a prefeita de Contagem, Marília Campos (PT) ainda mais irritada é só dizer que o Rodoanel Metropolitano vai ser construído, apesar da oposição de alguns prefeitos. Segundo pessoas próximas, ela promete usar a Justiça até a última instância para ter o direito de opinar sobre o traçado da possível obra. “A cobra vai fumar”.

Petistas frustrados

Muitas manifestações em relação ao governo Lula (PT) têm ocorrido entre petistas mineiros. Um deles, o deputado federal Padre João, em suas andanças pelo bairro do Prado, em BH, onde mantém escritório, disse: “O presidente eleito foi vencedor no segundo colégio eleitoral brasileiro por causa de sua popularidade, mas também graças a um empenho geral dos membros do seu partido na época da campanha”.

Mineiros influentes

Enquanto isso, em Brasília, comenta-se a respeito de nomes de mineiros influentes nos bastidores do futuro governo: Walfrido dos Mares Guia, Rubens Menin e Clésio Andrade são alguns deles.

Partido barulhento

Com uma bancada de 11 parlamentares, os deputados do Partido dos Trabalhadores (PT) mineiro prometem jogar pesado nos próximos 4 anos, questionando todas as ações do governo do Estado. “Ou seja, já estão fazendo oposição sem saber por qual motivo”, diz o parlamentar do Avante, deputado Roberto Andrade.

Famílias influentes em MG

Se um jornalista curioso tiver a oportunidade de observar os contratos sociais na Junta Comercial do Estado de Minas Gerais (Jucemg) vai perceber que entre as maiores fortunas estão a do empresário Rubens Menin, a família Pentagna Guimarães, família Araujo (Banco Mercantil) e, ainda, mesmo que à distância, a família herdeira do ex-poderoso Antônio Luciano Pereira.

Deputado x Imprensa

Um dos parlamentares que mais tem atraído noticiário negativo em Minas, perante a imprensa, é o deputado Marcelo Aro, presidente do Partido Progressista. Ele, segundo consta nos bastidores, é famoso por não cumprir promessas de campanha. Agora, ele deverá ficar ainda mais arisco, pois não terá mandato, já que não foi candidato à reeleição e terminou perdendo a disputa pelo Senado. Coisas da política mineira.

Função dúbia

Quem circula pelo trânsito de Belo Horizonte, em muitas oportunidades, fica sem saber quais são as funções da Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHtrans) e da Guarda Municipal. Para muitos, a real tarefa deles é multar os desavisados que estacionam os veículos em lugares indevidos. Porém, com certeza, isso é pouco para atender aos interesses da coletividade como um todo.

Juros elevados

A jornalista Bianca Lima disse que quando se desconta a inflação, o Brasil continua tendo a maior taxa de juros do mundo. Para ela, esse é o maior impeditivo para o crescimento da economia nacional. Cruz credo, gente!

Kalil x Fuad

Jornalistas da crônica política, considerando que houve falha na assessoria política do prefeito da capital, Fuad Noman (PSD), no item relacionado à sucessão para a presidência da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH), externam uma opinião: “Mesmo tendo acontecido esse episódio recente, o perfil político e administrativo do novo chefe do Executivo é bem mais leve do que o seu antecessor, Alexandre Kalil (PSD) que, na avaliação desse grupo, era muito turrão”.

Meninos mimados?

A frase do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), classificando as manifestações nas portas dos quartéis como uma ação de meninos mimados deixou a ala mais radical do bolsonarismo irritadíssima. Eles prometem jogar pesado contra Alckmin. Ou seja, a segurança dele também vai necessitar de reforços, podem apostar.

Empresário irritado

Afastado do cenário político ao longo dos últimos 8 anos, o empresário e ex-presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Clésio Andrade, ainda “solta fogo” pelas narinas querendo saber quem foi que espalhou a notícia que ele tem o número do celular pessoal do presidente Lula (PT).

Ministro presidenciável

Nem bem começou o novo governo em Brasília e já tem gente pensando na sucessão daqui a 4 anos. Experiente, o jornalista Gerson Camarotti lembra que Flávio Dino (PSB), ministro da Justiça e Segurança Pública, é um nome que pode crescer nos bastidores, inclusive do PT. Mas isso vai depender do seu desempenho na pasta. Por lá, tem outros nomes: Simone Tebet (MDB), Fernando Haddad (PT) e o próprio Geraldo Alckmin (PSB).

Ministério desmontado

Novo comentarista da Globo News, o ex-diretor do Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope), Mauro Paulino, disse que o desmonte geral feito no âmbito do Ministério da Educação (MEC) leva a crer que vai durar pelo menos um ano para a pasta voltar ao estilo do passado. Isso, aliás, já não é novidade.

Crianças sem lanches

Ainda sobre o tema relacionado à educação, o presidente da Academia Brasileira de Letras (ABL), jornalista Merval Pereira, ataca: “A situação do MEC é de tamanha penúria, que está faltando até mesmo lanches para as crianças nas escolas fundamentais”.

Pressão dos partidos

Depois de manter contato com líderes políticos nacionais, o filósofo Luiz Felipe Pondé, perante as câmeras da TV Cultura, disse: “O presidente eleito, Lula (PT), está recebendo pressão diariamente dos partidos políticos para a indicação de nomes para os ministérios e cargos do segundo escalão. Daí, a possibilidade de o novo governo não conseguir levar para Brasília muito mais nomes ligados às classes sociais diversas, como negros, mulheres e integrantes dos povos originários”.