Nos últimos anos, a zumba tem conquistado academias, praças e até mesmo espaços virtuais, se tornando um dos exercícios mais populares do mundo. Unindo música, dança e condicionamento físico, essa prática ultrapassou barreiras culturais e hoje movimenta milhões de pessoas em busca de saúde, bem-estar e diversão. Misturando ritmos como salsa, merengue, reggaeton e cumbia, a atividade se diferencia pela sua proposta lúdica e envolvente.
A coreografia não exige experiência prévia com dança e acompanha músicas animadas, criando uma aula contagiante. “A gente se exercita e se diverte ao mesmo tempo. Cada aula é uma celebração e faz com que os alunos se sintam motivados a continuar. Eles não veem como uma obrigação, e sim como um momento de prazer”, diz a professora de zumba, Cláudia Moraes.
No Brasil, academias e espaços públicos têm incluído aulas de zumba em suas programações regulares, muitas vezes gratuitas. Durante a COVID-19, o estilo de dança se reinventou no ambiente virtual, o que ampliou ainda mais o alcance da atividade. “A pandemia acelerou o processo de digitalização da zumba e foi quando percebi que o alcance poderia ser ainda maior. Tive alunos de diferentes estados e até de fora do país participando das minhas aulas”, comenta Cláudia.
Mais do que uma moda, a zumba tem sido uma prática com impactos positivos no corpo e na mente. “Por ser uma atividade cardiovascular intensa, ajuda no controle de peso, melhora a capacidade respiratória e fortalece o sistema cardiovascular. Além disso, pode queimar cerca de 1.000 calorias por hora, dependendo da intensidade. Também ajuda na tonificação muscular, trabalhando especialmente os músculos das pernas, glúteos, abdômen e braços, graças à variedade de movimentos que exigem força e resistência”, afirma o educador físico, Leonardo Pereira.
Ele lembra que outro benefício importante é o desenvolvimento da coordenação motora e do equilíbrio, porque as coreografias exigem sincronia e controle corporal. “A flexibilidade e a agilidade também são aprimoradas com a prática regular, devido aos alongamentos e à variedade de movimentos executados. Contribui ainda para uma melhor postura e maior consciência corporal, já que muitos dos passos reforçam o core e incentivam o alinhamento adequado do corpo”.
Pereira explica que os benefícios vão além do físico. “Durante a prática, o corpo libera endorfinas, hormônios associados ao prazer e à sensação de bem-estar, o que ajuda a reduzir o estresse e aliviar sintomas de ansiedade e depressão. A música animada e o ambiente descontraído das aulas contribuem para melhorar o humor e aumentar a motivação. Além disso, seguir coreografias e aprender novos movimentos estimula o cérebro, favorecendo a memória, a atenção e a coordenação, o que é especialmente benéfico para a saúde cognitiva”.
Cláudia ressalta a elevação na autoestima, já que, ao perceber a evolução nos passos e no condicionamento físico, o praticante ganha mais confiança em si mesmo. “Outro aspecto importante é a socialização: as aulas em grupo promovem o convívio social, fortalecem laços e ajudam a combater a sensação de isolamento, contribuindo para um estado mental mais equilibrado e positivo”.
A professora destaca que a modalidade é uma atividade acessível e pode ser praticada por pessoas de diferentes idades e níveis de condicionamento físico, desde que respeitados alguns cuidados básicos. “Crianças, adultos, idosos e até pessoas com algumas limitações físicas podem se beneficiar da prática, pois existem diferentes modalidades adaptadas, como zumba gold (para a terceira idade) ou aqua zumba (realizada na água, com menor impacto nas articulações). Consulte um médico antes de iniciar qualquer exercício”.
