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BH tem trilhas guiadas gratuitas que mostram a biodiversidade de parques

Oito locais fazem parte do projeto / Foto: Divulgação FPMZB/PBH

Com o objetivo de apresentar a riqueza ambiental dos parques municipais com o olhar voltado para a preservação desses recursos e para a importância de uma ocupação sustentável, a Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica (FPMZB) oferece à população trilhas guiadas gratuitas, durante todo o ano, em diferentes áreas verdes da cidade.

Belo Horizonte possui, ao todo, 81 parques, e oito deles participam desse projeto. Na região Oeste: Jacques Cousteau e Aggeo Pio Sobrinho; Pampulha: Ursulina de Andrade Mello; Centro-Sul: Mangabeiras (atividades no Lago dos Sonhos e Cerrado), Serra do Curral e Américo Renné Giannetti (Municipal); Noroeste: Ecológico e de Lazer do bairro Caiçara; e Norte: Nossa Senhora da Piedade.

Durante os percursos, que variam de acordo com o local escolhido, os participantes conhecem um pouco mais da história desses parques, as espécies da fauna e da flora, características específicas e ações de preservação. As trilhas ocorrem dentro das matas e são guiadas por integrantes da equipe de Educação Ambiental da FPMZB com grupos que podem variar de 5 a 25 participantes, com duração entre 30 minutos e 2 horas.

A gerente de Educação Ambiental, Roberta Martins, explica que já incentivava, há um tempo, ações educativas com as escolas municipais, estaduais e privadas nos parques da capital. “Em julho de 2024, foi a primeira edição do projeto, através do Parque Municipal, com uma proposta de uma trilha histórica ambiental”.

“Tivemos uma procura significativa, e percebemos que tinha um espaço para um diálogo, e através dessa experiência, pensamos em outras vertentes de trilhas, que a princípio divulgamos em escolas, e em janeiro de 2025, começamos a ofertar para o cidadão comum, através do site”, complementa.

Ela pontua que, até o momento, cerca de 700 pessoas já participaram do projeto. “Esse passeio faz a comunidade saber sobre a importância do local. Quando entramos em uma trilha percebemos a diferença no clima, a respiração fica diferente, sentimos o frescor. Percebemos também a relevância de cada indivíduo, tanto da flora quanto da fauna. Além de trazer uma mudança de atitude em todos os sentidos”.

Roberta pontua que a Serra do Curral e o Ursulina de Andrade são os que atraem mais participantes. “O Curral é belíssimo, por mais que tenha um espaço aberto para visitas, a população gosta da nossa intervenção. Já o Ursulina tem um diferencial, lá existe um grupo de guardiões que cuidam daquele lugar e eles adoram participar das trilhas, divulgar e trazer pessoas da comunidade. Tanto que, desde o ano passado, quando o parque começou a receber o público livre, fizemos um combinado que todo mês iríamos fazer uma visita e estamos cumprindo. O parque teve três incêndios significativos, e mostramos a área regenerada e o plantio que fizemos com a própria comunidade para reflorestar o local”.

Descoberta

A empresária Catherine Santos, 50 anos, visitou o parque Ursulina de Andrade. “Fiquei sabendo dessa ação pelas redes sociais e gostei muito da atividade. Pois, foi uma descoberta de um local que não sabia que existia. E o que mais me chamou a atenção foi a riqueza da nossa flora, e árvores centenárias, que somente quando adentramos na mata que podemos observar”.

Segundo Catherine, o projeto a inspirou a conhecer os outros parques. “Ainda mais que tomei conhecimento de que temos mais de 70 locais para explorar. É muito importante que esse tipo de ação continue acontecendo, pois nessa trilha aprendi que não devemos dar alimentos aos animais, como os micos, além de conhecer a riqueza da nossa natureza. Também levei a minha sobrinha de 7 anos que adorou”, conta.

A atividade é indicada para toda a família, mas a participação de crianças é permitida somente acompanhadas de um responsável. É obrigatório o uso de sapatos fechados e recomenda-se a utilização de roupas confortáveis, protetor solar, repelentes, chapéu ou boné, e levar uma garrafinha de água. É importante reforçar que a trilha conta com trechos em leve subida, não sendo indicado para pessoas com mobilidade reduzida. Para participar, é necessário fazer a inscrição pelo e-mail: educaparques@pbh.gov.br. Outras informações podem ser obtidas pelo mesmo endereço eletrônico.