Durante anos, a política mineira foi marcada por seus personagens. Homens e mulheres tiveram seus nomes incluídos na história brasileira, participando, de alguma maneira, dos grandes momentos de um país que atravessou décadas de uma ditadura militar, que serviu para forjar aqueles que conseguiriam abrir caminhos para dias de democracia. Políticos mineiros estiveram sempre presentes no cenário nacional. Tinham poder decisivo em muitas situações governamentais do Brasil. Foram, por algumas vezes, o governo central.
Minas Gerais deu ao Brasil políticos como José Maria Alkmin, Juscelino Kubitschek, Itamar Franco, Tancredo Neves e tantos outros, que ganharam notoriedade pelos feitos e pela forma de fazer política. No entanto, Minas também criou muita coisa ruim que o próprio destino cuidou de apagar da lembrança de todos. Acho que se colocar na balança o ruim ganha disparado do bom. Quando o Brasil resolveu adotar o pluripartidarismo, ou seja, uma colcha de retalhos de siglas partidárias, sabia que iríamos ter que aturar todo tipo de gente.
A maior parte escondida em capas de “novidade” para se lançar como uma coisa diferente àquelas que os eleitores estavam acostumados. E foi assim no período pós-ditadura. Apareceu de tudo, abriram a porta da esperança. Eram artistas, ex-jogadores de futebol, policiais, militares, professores, religiosos, fraudadores, grileiros e pecuaristas. Era gente de todos os lados, buscando uma boquinha na política.
Descobriram que a coisa dava dinheiro, como ainda dá. Tinha sigla para todos os gostos. Tudo começando com “P” de partido. O complemento ficava por conta dos interessados. Hoje temos 29 registrados no Tribunal Superior Eleitoral. Os filiados crescem à medida que se aproximam os períodos eleitorais.
Nos últimos tempos, dois partidos criados mudaram a maneira de praticar política no Brasil. O Partido Liberal, liderado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, e o Partido Novo, que surgiu com a vontade de ser diferente de tudo que já tinha visto na política. É nele que surgiu Romeu Zema.
Realmente diferente de tudo que já apareceu na política mineira. Se imaginar alguém ruim, ele consegue ser pior, na gestão, no jeito de fazer política e nas suas atitudes. Um empresário bem-sucedido, com características simplórias de um jeca, mas com pensamentos e ações de fazer inveja a Paul Joseph Goebbels, político alemão e ministro da propaganda de Adolf Hitler na Alemanha Nazista. Um ser capaz de comer banana com casca para se promover e sugerir um plano para acabar com a população de rua das cidades, “guinchando” cada um deles, como carros estacionados em local proibido. Só não anunciou para onde iria levá-los.
Podemos intuir que pode ser para um forno no próximo quarteirão. O mais incrível disso tudo é que ainda tem seguidores. Consegue ter gente que o apoia em seus planos de extermínio. O dito-cujo esteve recentemente em El Salvador para conhecer o plano de segurança da cidade, famosa por alugar presídios para condenados americanos, além de prender seus cidadãos sem nenhuma comprovação jurídica.
Viajou acompanhado de seu secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Rogério Greco, um “bombadão” que mais parece segurança de cantor sertanejo ou de dirigente de futebol. Tem mais, recentemente anunciou que autorizou o seu “Rambo” a viajar para Israel. Qual seria o motivo? Aprender com os bombardeios em Gaza?
Para completar, Zema autorizou o aumento do Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI). O aumento foi superior a 250%. Uma coisa é certa, se alguém pretende rezar por Zema, reze para o corpo, porque a alma já está com o capeta há muito tempo.
Pitaco 1: Apesar dos apelos, o prefeito Álvaro Damião não desistiu da viagem a Israel, onde foi conhecer o sistema de segurança usado em suas cidades. Era só ver pela televisão. Lá todo mundo tem uma arma e de grande calibre. Melhor cuidar da educação.
Pitaco 2: Só lembrando que a Europa parou para aplaudir Cristiano Ronaldo, com seus 40 anos, se emocionando com mais um título. Aqui no Brasil, Fábio e Hulk jogam fácil na Seleção de Ancelotti. Será que teremos que esperar Neymar completar 40 anos e ter mais responsabilidade?