
O vôlei é mais do que uma simples atividade, pois a prática integra benefícios para a saúde física, mental e social. Seja nas quadras profissionais ou em jogos informais, o esporte se destaca por promover o bem-estar de seus praticantes. Segundo o professor de vôlei Leonardo Dias, o esporte exige de seus atletas habilidades motoras que são trabalhadas de forma intensa durante a prática.
“Contribui para o fortalecimento muscular, o desenvolvimento da coordenação motora e a melhora da capacidade cardiovascular. Trata-se de um esporte que exige deslocamentos rápidos, saltos frequentes, giros, impulsões e reflexos ágeis. Cada movimentação realizada durante uma partida estimula diferentes grupos musculares, como pernas, glúteos, abdômen, costas e ombros, o que resulta em um ganho de força e resistência de forma equilibrada”, explica Dias.
“Ele trabalha tanto a parte aeróbica quanto a anaeróbica, o que significa que o praticante desenvolve condicionamento físico e força muscular ao mesmo tempo. As trocas de direção, saltos para o bloqueio ou ataque e movimentos rápidos para recepção da bola estimulam a agilidade e a explosão muscular, contribuindo para um corpo mais ágil e resistente”, complementa.
Além disso, o esporte atua diretamente no sistema cardiovascular. Com a prática regular, há melhora na circulação sanguínea, redução da pressão arterial e aumento da capacidade pulmonar. Isso diminui o risco de doenças cardíacas, como hipertensão e infarto, além de contribuir para a regulação do metabolismo. “Uma hora de jogo pode queimar entre 400 e 600 calorias, o que ajuda no controle do peso corporal e na prevenção do diabetes tipo 2”.
Dias ressalta que a coordenação motora e o equilíbrio também estão entre os principais ganhos físicos do vôlei. “Os movimentos exigem precisão, tempo de reação rápido e controle corporal, o que estimula o desenvolvimento neuromuscular. Crianças e adolescentes, por exemplo, se beneficiam bastante dessa característica, já que estão em fase de crescimento e formação motora”.
Outro benefício importante, mas muitas vezes negligenciado, é a melhora da postura e da consciência corporal, observa Dias. “Ao exigir movimentações rápidas e controladas, o vôlei favorece o fortalecimento dos músculos que sustentam a coluna e a pelve. Isso impacta positivamente na postura e na prevenção de dores crônicas, como lombalgias e tensões cervicais”.
Por ser um esporte coletivo, o vôlei se mostra uma poderosa ferramenta de desenvolvimento social. A interação constante entre os jogadores, seja por meio dos passes, da comunicação em quadra ou das decisões táticas, fortalece vínculos interpessoais, incentiva a cooperação e ensina valores fundamentais como empatia, respeito, paciência e espírito de equipe.
No campo da saúde mental, o esporte se destaca não apenas no estímulo cognitivo, desenvolvendo habilidades como concentração e agilidade mental, mas também como uma atividade que ajuda a reduzir sintomas de ansiedade, estresse e até depressão. “Isso se deve, em grande parte, à liberação de neurotransmissores como a endorfina, dopamina e serotonina durante o exercício físico, substâncias ligadas ao bem-estar, prazer e relaxamento”, reforça o professor.
Além de promover uma convivência saudável, o vôlei também atua como espaço de inclusão. “Por ser uma atividade acessível e adaptável, permite a participação de diferentes faixas etárias, gêneros e realidades sociais. É comum encontrar grupos que utilizam o esporte como meio de integração entre crianças, adolescentes, adultos e até idosos, contribuindo para a redução do isolamento social e para a construção de comunidades mais unidas”, conclui.