A imprensa de Belo Horizonte tem cobrado o cumprimento das promessas feitas durante a campanha eleitoral do atual governador Romeu Zema (Novo). Quando era candidato à reeleição, o chefe do Executivo fez compromissos públicos, como mandar construir seis hospitais regionais, para minimizar os problemas atinentes à Secretaria de Estado de Saúde. Essas edificações deveriam ocorrer nas cidades de Divinópolis, Governador Valadares, Teófilo Otoni, Sete Lagoas e Conselheiro Lafaiete, além da reconstrução da Unidade Regional de Juiz de Fora.
Essas providências públicas seriam de grande valia para minorar o sofrimento de milhares de pacientes que abarrotam as unidades de atendimento em todas as cidades mineiras. Quando erguidos, os hospitais irão funcionar também como uma espécie de barreira de contenção, atendendo às demandas zonais. É bom que o governo não se atenha apenas às declarações desconexas e falácias, pois o assunto é sério e exige uma posição sincera do chefe do Executivo mineiro.
Rememoremos o fato sobre o rompimento da Barragem Córrego do Feijão, em Brumadinho. Houve um acordo bilionário, realizado pelo Judiciário, onde a Vale destinou uma vultuosa quantia para obras de reparação. Parte dessa cifra bilionária foi alocada em nome do Governo de Minas, e entre as ações listadas, à época, constava também a construção dessas unidades hospitalares. Decorridos cerca de cinco anos do episódio, nada se fala a respeito do uso do montante procedente do acordo com a Vale.
Neste sentido, seria salutar um esclarecimento do Poder Central do Estado sobre outra grande obra: a construção do Rodoanel de 100 km de extensão, perpassando por 37 cidades da Região Metropolitana. A população vê apenas comentários vagos de que o projeto está sendo debatido com os municípios, contudo, não tem veracidade constatada na contrapartida financeira do governo estadual para garantir os seis hospitais regionais e o Rodoanel.
Nos bastidores da Assembleia Legislativa, há um verdadeiro embate quando se discute essas e outras demandas sérias, mas tudo parece ser um jogo de cena. Na verdade, as partes querem apenas gerar conteúdo para as redes sociais. Fazer publicações nas mídias não irá minimizar os efeitos maléficos da ausência de importantes obras públicas. A população mineira espera uma resposta positiva sobre essas demandas.