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BH mexe, remexe e estremece

Com a posse de Álvaro Damião, Belo Horizonte passou a ter um prefeito em definitivo. Como vice, vinha substituindo Fuad Noman que ficou internado desde os primeiros dias de janeiro.

A chapa Fuad e Damião foi eleita em uma união de forças para derrotar a candidatura da direita. Seus atos, até então, vinham correspondendo às expectativas dos eleitores e seguiam o que foi traçado com o então companheiro de chapa. Infelizmente, Fuad Noman veio a falecer e agora Damião segue uma carreira solo.

Embora bem mais novo, eu e Álvaro Damião trabalhamos juntos na crônica esportiva. Ele sempre foi um profissional respeitado no meio e, com jargões mais evoluídos, criou um público cativo em suas reportagens. Sempre foi admirado por todas as torcidas. Quando entrou para a TV, levou seu público junto e ganhou novos seguidores. Sempre falou a linguagem dos mais jovens e tem a facilidade dos bons comunicadores.

Chegou à Câmara Municipal e foi vereador por dois mandatos, sendo eleito no segundo com o dobro da votação, o que é sinal de sua aprovação. Como cidadão e vereador, nosso prefeito é um conhecedor dos problemas da capital, e olha que são muitos.

Temos um sistema de transporte público deficiente. Um sistema de saúde que pode melhorar e uma rede municipal de educação onde professores lutam por melhores condições. Sem contar com outras questões urbanas, como o excesso de gente morando nas ruas.

O Centro da cidade é um exemplo da falta de uma política social municipal. Mesmo policiado, transmite uma certa insegurança para pedestres transitarem, tanto no horário comercial como na faixa noturna. Apesar do trabalho da limpeza pública, a cidade nos dá uma sensação de sujeira com prédios e monumentos públicos pichados, o que acaba colaborando com a impressão de abandono.

Como vereador, Álvaro Damião criou o Instituto Bacana Demais (um dos seus jargões radiofônicos) para ajudar na inclusão de crianças, jovens, adultos e idosos por meio de educação, esporte e cultura. Pode servir de exemplo para coisas maiores. Pela sua experiência na Câmara dos Vereadores, acho que não terá dificuldades em trabalhar nos projetos em prol da comunidade, deixando de lado o “toma lá, dá cá”.

Falando de relacionamentos, com o governo estadual não sei como será, pois não conheço ninguém que se dê bem com o Zema. Só mesmo o Bolsonaro e a tal nutricionista que o recomendou comer banana com casca.

Com o governo federal, o presidente Lula já deu o aval, inclusive, avisou aos petistas que reclamavam do tal voto útil, que a hora e vez é do Damião e que está pronto para atender às suas solicitações.

Então, chegou a hora de arregaçar as mangas e começar a trabalhar pela querida e sofrida Belo Horizonte. O belo-horizontino está ansioso para mexer, remexer e estremecer o coração de alegria pela sua administração. Boa sorte, Damião!

Pitaco 1: A Caixa Econômica Federal procurou um dos ganhadores da Mega da Virada. O sortudo esqueceu uma bolada de R$ 1,4 milhão por lá. Ou já era rico ou morreu de susto ao saber do prêmio.

Pitaco 2: O Congresso Nacional resolveu alterar o nosso Código Civil. Ele tem 2.070 artigos propostos, pretende alterar mil. Um deles é o que diz respeito à separação de casais, seus filhos e dependentes. Esses dependentes estão gerando polêmicas, pois podem atingir até as sogras. O projeto está sendo chamado de “sogra forever”.