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Cruzeiro X Atlético: emoções e polêmicas

O clássico entre Cruzeiro e Atlético Mineiro, realizado no dia 9 de fevereiro de 2025, no Mineirão, foi marcado por diversas polêmicas que geraram discussões intensas entre jogadores, dirigentes e torcedores. Com a presença de mais de 60 mil cruzeirenses, no Gigante da Pampulha, a equipe celeste viu seu maior rival vencer por 2 a 0, com gols do atacante Hulk, destaque do duelo pelo lado alvinegro. A partida começou equilibrada, com o Cruzeiro tendo a melhor chance em um chute dentro da pequena área de Gabigol, que parou na excelente defesa de Éverson. O Atlético, por sua vez, buscava os contra-ataques para levar perigo ao gol de Cássio.

Como todo clássico entre Galo e Raposa tem suas polêmicas e fortes emoções, o atacante do Cruzeiro, Gabigol, foi expulso aos 29 minutos do primeiro tempo após atingir o zagueiro Lyanco com uma cotovelada no rosto. Inicialmente, o árbitro Felipe Fernandes de Lima aplicou cartão amarelo, mas, após revisão no VAR, a decisão foi alterada para vermelho. Antes da expulsão de Gabigol, aos 16 minutos da etapa inicial, o zagueiro Lyanco foi flagrado pisando no braço do atacante Dudu, do Cruzeiro. A ação gerou reclamações da equipe celeste, mas o árbitro não considerou a infração passível de cartão vermelho.

No intervalo da partida, Alexandre Mattos, CEO de futebol do Cruzeiro, ficou revoltado com a decisão da arbitragem e tentou invadir a sala do VAR, gerando um princípio de confusão. O fato, inclusive, foi relatado em súmula pelo árbitro da partida, Felipe Fernandes de Lima. Mattos questionou a atuação do VAR, especialmente por entender que o lance envolvendo Lyanco e Dudu deveria ter sido revisado pelo árbitro, o que não ocorreu. O dirigente, logo após a partida, concedeu coletiva de imprensa e sugeriu que o clube solicitasse árbitros de outros estados para os próximos clássicos, visando maior imparcialidade.

E não foi só a direção do Cruzeiro que demonstrou irritação com a atuação dos homens do apito. Torcedores do Cruzeiro também expressaram descontentamento com a arbitragem, especialmente em relação à expulsão de Gabigol e a não punição de Lyanco pelo pisão em Dudu. Houve relatos de objetos arremessados em campo e manifestações de insatisfação nas redes sociais.

Essas polêmicas evidenciam a tensão e a rivalidade histórica entre Atlético e Cruzeiro. O clássico mineiro sempre será pauta, campo de debates e provocações antes, durante e depois do jogo. A rivalidade é necessária e salutar, porém, não pode ultrapassar as quatro linhas. Dirigentes, jogadores, arbitragem, imprensa, poder público e torcedores têm papel fundamental para que o futebol não figure nas páginas policiais e seja apenas um espaço de integração e entretenimento.