Com a proposta de unir tradição, música e espírito comunitário para todas as idades, a terceira edição do “Clube da Esquina na Periferia” oferece atividades culturais, apresentações musicais, performances circenses e uma programação especial para as crianças, com brincadeiras e diversão. O evento será realizado no dia 8 de dezembro, domingo, das 11h às 20h, na comunidade da Serra, em Belo Horizonte, com entrada gratuita.
Idealizado pela produtora cultural Danusa Carvalho e pelos músicos Lô e Telo Borges, o projeto surgiu durante a pandemia. Para Telo, levar o legado do Clube da Esquina a esses espaços tem um significado especial. “Como bem disse o poeta Fernando Brant, todo artista tem de ir onde o povo está. Além disso, podemos entrar no nosso modo ‘em família’, como se estivéssemos em casa, onde crescemos juntos e tocamos com muita emoção essas canções, que acabaram se tornando uma parte essencial do Clube da Esquina”.
“As apresentações são uma oportunidade de levar aos cidadãos mais simples uma música que já é aclamada nacional e internacionalmente. A receptividade e a alegria na expressão dessas pessoas é algo que não tem preço”, acrescenta.
Danusa destaca a importância de aproximar grandes nomes da música brasileira das comunidades. “A música tem uma diversidade muito grande, e os jovens precisam conhecer a história de sua cidade, assim como os movimentos culturais, como é o caso do Clube da Esquina”.
Programação
As atrações começam às 11h, com atividades voltadas ao público infantil e DJ. Às 13h30, a Banda Equatorial sobe ao palco para homenagear o Clube da Esquina. Em seguida, às 15h, a Banda Seu Vizinho, comandada por PV, líder musical da comunidade da Serra, convida Marcelo Veronez. Às 17h, Telo Borges convida Lô Borges para uma apresentação que promete aquecer os corações e resgatar grandes sucessos do Clube da Esquina.
Segundo Telo, além dos clássicos do Clube da Esquina, haverá surpresas para o público presente. “Estou preparando uma nova canção que fiz junto com o Lô. Ela será lançada exatamente nessa edição e se chama ‘Infinita Criação’. Tem tudo a ver com a iniciativa deste evento e o que buscamos transmitir”.
A inclusão de artistas locais, como a Banda Seu Vizinho, é essencial para reforçar a conexão do evento com a comunidade, pontua Danusa. “Acredito que a igualdade deve começar por diversos caminhos, e a arte não fica de fora. Precisamos nos preparar para um futuro com novas perspectivas. É fundamental olhar mais para o lado, e a cultura nos ajuda a estimular essa aproximação. Tratamos nossos eventos como se faz no asfalto, e isso também é uma forma de valorizar o território, seus artistas e moradores de todas as idades”.