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Desperdício

Passadas as eleições municipais, os problemas, os desafios e as promessas afloram com rapidez. Entre os prefeitos que se candidataram à reeleição, mais de 80% foram eleitos, o que em Minas significou cerca de metade das 853 cidades.

Temos, portanto, duas situações distintas e a realidade mostra obras inacabadas e projetos interrompidos. Nas cidades onde os prefeitos renovam o mandato, a perspectiva e expectativa são de que o ritmo dos serviços públicos não seja reduzido, pois sabe-se que muita coisa é acelerada no período eleitoral.

Já nas cidades onde os prefeitos e prefeitas estreiam, sempre acontece uma certa paralisia administrativa para conhecimento da situação ou reordenamento, o que é natural.

Aí está o perigo do desperdício. É um erro confundir as ações. Verificar, auditar e corrigir é necessário, porém, paralisar e ficar olhando para o passado prejudica a população e se transforma em grande desperdício financeiro.

Afinal, já temos órgãos de controle em bom número e bem equipados, como o Tribunal de Contas e o Ministério Público, que por vezes burocratizam ainda mais.

A desconfiança tem sido excessiva. Mãos à obra, portanto. Em respeito ao recurso público. Não ao desperdício.