O comércio está em pleno supertrimestre. O período de ouro para o varejo compreende os meses de outubro, novembro e dezembro e possui as três importantes datas de vendas: Dia das Crianças, Black Friday e Natal. Passamos por um 12 de outubro bastante positivo em performance de vendas e, agora, voltamos as atenções para a Black Friday e o Natal.
Atrelada às datas comemorativas, está a chegada do 13º salário. A renda extra representa maior chance de consumo, contratação de serviços e redução da inadimplência. Muitas pessoas utilizam esse recurso para quitar dívidas, outras optam por comprar presentes, viajar ou contratar um serviço. Com isso, várias cadeias da economia são favorecidas. Em Belo Horizonte, somente o pagamento da segunda parcela do benefício ao funcionalismo municipal, irá injetar na economia R$ 200 milhões.
As boas expectativas para este fim de ano são reflexo do bom desempenho da economia brasileira em 2024. Um fator, a redução do desemprego, ajudou a impulsionar o consumo das famílias.
A expansão do consumo, o crescimento da massa salarial, o aumento do salário mínimo, o reajuste do Bolsa Família, a desaceleração da inadimplência, a menor inflação de bens básicos e um mercado de trabalho mais aquecido levaram ao crescimento do setor de comércio e serviços em todo o país.
Em nossa cidade, vivenciamos um mercado de trabalho aquecido e um desempenho estável do varejo. Segmentos como drogarias e cosméticos, supermercados, vestuário, papelarias e livrarias têm se destacado ao longo do ano. As compras nesses setores são, geralmente, feitas com maior frequência e os valores costumam ser menores e mais acessíveis em comparação a outras áreas, o que faz com que muitas pessoas paguem com dinheiro ou cartão de débito, sem necessidade de crédito. Isso os impulsiona e permite um crescimento mais sustentável.
Nas últimas semanas, venho sendo muito questionado sobre minha expectativa para este fim de ano e início de 2025. Como otimista que sou, acredito que teremos um bom encerramento econômico em 2024. Nossa previsão é que o varejo belo-horizontino cresça 2,78% este ano e, em 2025, 3,01%.
Se o próximo ano seguir com um cenário econômico semelhante, com desaceleração da inflação, redução da inadimplência e aumento na renda, a tendência é que o primeiro trimestre de 2025 mantenha-se positivo. Por aqui, seguiremos com o nosso “dever de casa”, impulsionando o setor de comércio e serviços local por meio de ações concretas como capacitações, apoio permanente ao varejo local, representatividade e atuação junto ao poder público.
