Apoiadores do deputado Mauro Tramonte (Republicanos) comemoraram a divulgação dos resultados de algumas pesquisas, apontando o parlamentar como preferido para disputar a eleição à Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) no pleito de 2024.
A empolgação esbarra em cenários conhecidos, onde quem sai na frente nem sempre é o vencedor. Cientistas políticos e pesquisadores recomendam esperar para ver a consolidação da preferência dos eleitores na reta final da campanha, especialmente, levando em consideração que dificilmente haveria um resultado positivo ainda no 1º turno da disputa.
Em sondagens difundidas recentemente, o atual prefeito de BH, Fuad Noman (PSD), surge em primeiro lugar na pesquisa espontânea. Mas fica em posição menos destacada, quando se apresenta a lista de outros nomes para avaliação. Amigos do chefe do Executivo observam que sua administração é aprovada por mais de 60% da população, o que irá se traduzir em votos.
Mas nem tudo são flores na pré-campanha de Fuad Noman. Por orientação de pessoas próximas, o atual prefeito sempre apostou em redes sociais para obter popularidade. Acontece que esse também é o mecanismo usado por seus adversários, especialmente o deputado Bruno Engler (PL), tido como fruto da era da internet.
No bate-papo no dia a dia, os marqueteiros experientes comentam que somente uma campanha através da web não funciona. Tem de haver empatia, trabalho político e alianças fortes, com uma boa dose de divulgação em massa de propostas concertes com os anseios da população.
Esquerda não se entende
Ideologicamente, a centro-direita está dividida entre duas candidaturas: senador Carlos Viana (Podemos) e Mauro Tramonte (Republicanos). Ao centro, consolida-se a campanha à reeleição de Fuad Noman. Na direita mais enrijecida, o nome propalado há muito tempo é o do parlamentar Bruno Engler.
Por outro lado, a esquerda continua batendo cabeça. Por exemplo, quem conhece a política de BH sabe que a deputada estadual Macaé Evaristo é o retrato do petismo na cidade. No entanto, o nome do partido apoiado pela cúpula do PT, em Brasília, é o do deputado federal Rogério Correia, mesmo sabendo da possibilidade de derrota. Agora, começam os desentendimentos entre Duda Salabert (PDT), Bella Gonçalves (PSOL) e a deputada Ana Paula Siqueira (Rede).
Um observador político participou recentemente de um desses encontros dos grupos denominados de esquerda e ficou abismado com a vaidade de alguns pré-candidatos. Eles concordam com qualquer situação, desde que sejam os escolhidos. Não se fala em alianças e entendimentos, cada um quer ser protagonista de seus próprios projetos políticos.