Propala-se pelos rincões de todo o Brasil as declarações, propostas e especulações de vários candidatos à Presidência da República e porque não dizer também dos postulantes aos governos estaduais de todas as unidades da federação no que diz respeito às demandas sociais, caminho necessário e indispensável para minimizar a pobreza e dificuldades no país.
Seria interessante saber se as propostas sinalizadas pelos nossos homens públicos condizem com a realidade, pois, muitas vezes, esse assunto é explorado pelos políticos com o escopo de angariar vantagem nas eleições. Até porque, trata-se de um tema capaz de mudar o resultado nas urnas, caso os postulantes demonstrem capacidade de implementar seus discursos. E, obviamente, convencer os eleitores a os elegerem, embora alguns não tenham, de fato, a preocupação efetiva com a vulnerabilidade social vivenciada por milhões de brasileiros.
A constatação é certa: apenas um percentual mínimo dessas promessas é real. As demais não passam de juramentos eleitoreiros. Esses maus políticos ironizam a situação na qual se encontra mais de 30 milhões de pessoas. No rastro desse cenário de sofrimento, fome, desemprego e fragilidade, as entidades particulares acabaram tendo que entrar em cena para suavizar a caótica condição de quem precisa implorar por um prato de comida e por abrigo. Neste sentido, merecem destaque as ações desenvolvidas pelo projeto “Sistema Solidário”, capitaneado pelo Sistema Fecomércio MG, Sesc, Senac e sindicatos empresariais. A proposta desenvolve atos de voluntariado, buscando o bem-estar das pessoas mais necessitadas, auxiliando os que estão em situação de vulnerabilidade social.
Para se ter uma ideia, na campanha do Agasalho de 2022 foram arrecadadas 6.497 doações de roupas, meias, mantas, sapatos, cobertores. E assim foi possível atender às instituições de Belo Horizonte, região metropolitana e do interior de Minas. Segundo os organizadores, a iniciativa já acontece a alguns anos, contando com apoios importantes de entidades, sindicatos empresariais, o público em geral e parceiros solidários.
É claro que essa assistência oferecida pela Fecomércio MG e seus aliados não resolve, mas trata-se de uma das entidades mais respeitadas do nosso estado e sua obra social precisa ser professada por outras instituições da mesma estirpe. Aliás, esse é um movimento importante com o objetivo de estender a mão a quem, efetivamente, necessita de ajuda. Um belíssimo trabalho em favor da população desassistida e que faz toda diferença.