Tudo tende a ser uma questão de cidadania. Essa é a situação de quem tem entre 16 e 18 anos e deveria tirar o título eleitoral, mesmo sem haver a obrigatoriedade. O debate é simples. No momento, as mulheres lutam pelo empoderamento, mas, também, os jovens podem, com o poder de seus votos, construírem uma escalada rumo à caminhada cívica. Com isso, eles vão oferecer contribuições para a sociedade por meio de suas escolhas, especialmente essa que tem como objetivo eleger mandatários com o perfil e conteúdo de propostas inovadoras, capazes de representar a juventude.
A participação num processo eleitoral é singular porque busca um futuro mais promissor para todos. E os jovens nesta faixa etária e as pessoas acima de 70 anos não são obrigados a comparecem às urnas, mas seria importante que o fizessem. Até porque, esse gesto constata que todos temos o mesmo valor perante a democracia.
Minas Gerais figura na lista dos estados com os maiores índices de queda de interesse da juventude pela busca da emissão dos títulos eleitorais. Segundo informa o próprio Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG), de tempos para cá, a diminuição foi da ordem de 78%, mesma situação em que se encontra São Paulo, mas, ainda assim, perdemos para o Rio de Janeiro, com 68% de desinteressados no tema e, neste sentido, o campeão é a Bahia, mediante os seus assombrosos 88%.
O jovem pode ser comparado ao elefante que, mesmo pesando toneladas, não sabe a força que tem. Afinal, o voto é capaz de influenciar o poder, tendo em vista que, já neste pleito, a população vai escolher nomes para deputados estaduais e federais, senadores, governadores e presidente da República. O voto além de um ato cívico, é uma arma transformadora capaz de balizar a vida social de toda uma nação.
Por certo, os políticos sem compromisso com a democracia não terão interesse em contribuir com o incremento na difusão desta tese de incluir os jovens no processo eleitoral de 2022.
Deste modo, espera-se o bom senso dos brasileiros, sobretudo de professores e autoridades. Esse grupo de homens e mulheres entendem, perfeitamente, ser necessário o posicionamento dos mais jovens, indicando a importância de palmear o resultado das urnas.