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Sobra candidato e falta palanque para os presidenciáveis em Minas

Ninguém de proa defende o ex-juiz Sergio Moro | Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

Enquanto não passar o Carnaval, o tema relacionado à sucessão presidencial vai continuar neste sobe e desce de agora, período no qual a imprensa faz insinuações, a todo instante, de como podem acontecer as alianças, visando conquistar o Palácio do Planalto.

Neste momento, o quebra-cabeça é saber quem vai oferecer palanque consistente, com densidade eleitoral em Minas Gerais, destinados a oferecer sustentação para os nomes apontados como interessados nas eleições deste ano.

Quem é quem?

Em verdade, está faltando nomes para puxar votos para os presidenciáveis em nosso estado. Talvez, a situação mais complicada por aqui seja exatamente a do presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele, por enquanto, não está sendo defendido por nenhum nome forte disposto a caminhar com ele estrada afora. E, veja bem, Minas representa o segundo maior colégio eleitoral do país.

Em Brasília, os matemáticos da política nacional afirmam que o presidente é dono da caneta. E que quem está no poder, até o último minuto, tem possibilidade de virar o jogo.

Não menos embaraçosa é a posição do governador de São Paulo, João Doria. Pré-candidato do PSDB, ele só conta com um aliado de primeira hora entre os tucanos mineiros: o deputado federal Domingos Sávio.

O grupo de Aécio Neves, inclusive o presidente da sigla em Minas, o deputado federal Paulo Abi-Ackel esteve ao lado do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, na recente conversa para saber quem disputaria pelo partido. Vale dizer que o grupo está superdividido. A salvação de Doria seria sua aliança com a representante do MDB, Simone Tebet.

Claro que em política os assuntos mudam constantemente e rápido demais. Mas, em verdade, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) está isolado em nossas fronteiras. Não há ninguém o defendendo. O mesmo ocorre com o ex-juiz Sergio Moro (Podemos).

O próprio presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), que ainda não tem um projeto político em relação às eleições de outubro segue analisando todos os cenários. Ele não assumiu ser candidato à sucessão do atual presidente.

Pacheco disse que vai tratar de temas políticos a partir de março. Ele deve estar esperando terminar este vai e vem para se posicionar, embora as pesquisas tenham o colocado em confortável posição eleitoralmente. A essa altura, há dúvida quanto à possibilidade de uma união dos mineiros em torno do seu nome.

O governador Romeu Zema (Novo) está atrelado ao seu partido. O candidato anunciado ao Planalto é o empresário Felipe d’Avila. Mas, se ele caminhar pelas ruas de Belo Horizonte, provavelmente, não vai ser reconhecido por vivalma. Ou seja, é um nome sem expressão eleitoral.

Relativamente ao ex-presidente Lula (PT), tudo parece estar acertado com o prefeito da capital mineira, Alexandre Kalil (PSD), e essa aliança foi costurada pelo presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab.

Aliás, eleitoralmente, as chances de um desempenho melhor do prefeito Kalil nas ruas ocorreria a partir dessa aproximação com os petistas, atualmente comandando dois grandes municípios mineiros: Juiz de Fora e Contagem, além da presença em, praticamente, todas as regiões.