Mais de 76 mil advogadas e advogados de todo o estado de Minas Gerais terão a oportunidade, neste sábado, 27 de novembro, de escolher a diretoria que conduzirá a entidade no próximo triênio. Os eleitos terão a responsabilidade de administrar uma instituição organizada, com recursos para serem investidos na advocacia. Quatro chapas concorrem aos cargos de dirigentes estaduais, dirigentes da Caixa de Assistência dos Advogados (CAA/MG), no Conselho Estatual e Federal.

Boa parte dos recursos que poderão ser investidos em projetos para advocacia nos próximos anos, cerca de R$70 milhões, foram obtidos a partir da reorganização administrativa da CAA/MG na última gestão. Mesmo economizando o montante significativo, a CAA/MG concedeu R$28 milhões em benefícios aos profissionais que passam por dificuldade econômicas e problemas de saúde.

“A CAA/MG voltou a ser uma entidade assistencial, cumprindo a sua finalidade estatutária. Aumentamos os valores dos auxílios e dobramos o número de assistências concedidas aos advogados e advogadas que passam por momentos difíceis”, destaca Luís Cláudio Chaves, candidato à presidência pela Chapa Pela Ordem com Você, número 22, que tem como premissas conceder desconto de até 75% na anuidade para os jovens advogados com carência de seis meses para o primeiro pagamento, criar a Diretoria e a Escola de Prerrogativas, modernizar a entidade e investir no plano de recuperação econômica da Advocacia.

O diretor tesoureiro da OAB/ MG entre 2016 e 2019, Sérgio Leonardo, também concorre à presidência. Ele está ao lado de outros nomes conhecidos como Antônio Fabrício, ex-presidente da OAB e Sérgio Murilo Braga, ex-presidente da OAB e CAA, respectivamente.

Sérgio Leonardo, chapa 33, é ex-diretor de comunicação, ex- -diretor secretário-geral e ex-diretor tesoureiro da OAB, e promete reestruturar o sistema de defesa das prerrogativas. “Vamos, ainda, defender os honorários da advocacia dativa e toda a advocacia. Ademais, pretendemos implementar a transformação digital na OAB, instituir a transparência total na entidade, bem como garantir a autonomia financeira para subseções”.

Postulante ao cargo pela primeira vez, Carla Silene, Chapa 11, é advogada criminalista, professora de Direito e Processo Penal do IBMEC e doutora em Direito Penal. Ela promete, se eleita, administrar a Ordem com transparência. “Precisamos que todos os inscritos conheçam a instituição, especialmente no setor financeiro. Além disso, temos uma grande preocupação com a equidade, para que todos os advogados, em suas mais diversas pluralidades e voz, possam ser incluídos, ter espaço e voz. Por fim, pretendemos trazer a tecnologia em prol do advogado”.

Lucas Bessoni, Chapa 44, é o outro candidato à presidência da Ordem Mineira que concorre pela primeira vez. Ele esteve à frente da Associação da Jovem Advocacia e atualmente preside o Conselho de Ética Pública do Estado de Minas Gerais. O candidato resume suas propostas em quatro pilares. “O fim dos privilégios é o primeiro deles. Eles precisam acabar pois a nossa anuidade está muito cara. O segundo é a transparência. A OAB é um órgão que não presta contas para ninguém. O terceiro pilar é a independência da OAB para fins de prerrogativa. E, por fim, pretendemos modernizar a Ordem”, finaliza.