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CDL/BH defende os pequenos

É assustadora a revelação do presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), Marcelo de Souza e Silva, ao assinalar, em artigo publicado aqui no Edição do Brasil, que mais de 520 mil micro e pequenas empresas (MPEs) fecharam as suas portas diante das obstáculos econômicos e conjuntura dos últimos meses, especialmente por conta da crise sanitária de COVID-19.

É claro que no rastro desse desastre empresarial, configuram-se as chances de uma dificuldade maior da plena retomada da economia, mesmo porque, as consequências de tal situação levam também ao desemprego, e naturalmente, a diminuição de dinheiro circulando no cotidiano brasileiro.

No prazo de um ano, segundo averiguou o presidente da CDL/BH, 1,3 milhão de empresas paralisaram, temporariamente, as suas atividades. De janeiro a abril deste ano foram abertas mais de 1 milhão de novas firmas, mas isso não “tapa o buraco”, o verdadeiro estrago ocasionado nos diferentes segmentos econômicos do país. Mas a aproximação de datas importantes, como o Natal, está proporcionando uma expectativa positiva para empreendedores em geral.

De acordo com a pesquisa da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), os microempreendedores individuais (MEIs) estão otimistas no tangente ao aumento de vendas nos próximos meses. Tanto que a sondagem indica que 65% dos entrevistados se dizem confiantes quanto ao avanço dos negócios. Traduzindo: uma em cada três das micro e pequenas empresas pretende investir nos próximos 90 dias, com a finalidade de ampliar o estoque, investimento em mídia e propaganda e compra de novos equipamentos.

O presidente da CDL/BH defende: “Precisamos, com urgência, criar um cenário econômico seguro, capaz de atrair mais investimentos para os MEIs e as MPEs, caminho aberto para a recuperação econômica e da geração de emprego”, garante. Para não ficar só no discurso, a CDL/BH promete, para breve, um programa de apoio aos micros empreendedores individuais da capital e também da região metropolitana de Belo Horizonte. Isso ocorreria mediante a criação, consolidação e sustentabilidade de negócios, inclusive, por meio de acesso a linhas de crédito com taxas diferenciadas, consultoria jurídica e contabilidade, além de outros benefícios.

Para além deste posicionamento da CDL/BH, tem uma informação positiva da Confederação Nacional do Comércio, Bens Serviços e Turismo (CNC), onde é descrito que, por conta das vendas de dezembro no comércio, a expectativa é de contratação de 94,2 mil trabalhadores temporários e, em Minas, o quinhão desse bolo representará uma média de 11 mil pessoas com carteira de trabalho assinada durante os eventos de final de ano. Em verdade, e como já é de praxe, muitos desses trabalhadores terminarão conquistando um meio de sobrevivência permanente.

Pode ser que o pior quadro da economia já esteja chegando ao fim e, muito possivelmente, o ano de 2022 possa ser bem melhor, isto se o governo federal conseguir conter a alta inflacionária, além de atuar para reduzir o preço dos produtos da cesta básica e dos combustíveis.