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Quem sabe, sabe

ANVISA ROUBA A CENA DO CLÁSSICO BRASIL E ARGENTINA

Era para ser uma tarde embalada por um clássico do futebol. Autoridades da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e da Polícia Federal interromperam a partida entre Brasil e Argentina, no último domingo, 5 de setembro, válida pela sexta rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo. A alegação é de que quatro jogadores da seleção da Argentina, vindos da Inglaterra, não cumpriram a quarentena obrigatória para quem chega do Reino Unido. Por fim, os atletas entraram no vestiário e o jogo foi cancelado. Se fosse para evitar o contágio, eles deveriam ter sido barrados ou monitorados desde o aeroporto, como é feito em outros países. Tinha que resolver antes de o jogo começar. A Anvisa quis aparecer mais do que os artistas do espetáculo, ou seja, criaram uma situação para ter seu momento de destaque midiático.

CANAL ABERTO

Incêndios preocupam a população e trazem graves consequências. Os meses de agosto e setembro sempre foram marcados pelo tempo quente e seco. A falta de chuvas e os fortes ventos aumentam os focos de incêndio e as chances de queimadas em grande escala. Em Minas Gerais, vários parques e outros locais estão sendo afetados. Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), somente em agosto, os focos cresceram mais de 100%. A maioria dos incêndios é criminosa e traz graves impactos para o meio ambiente e para a vida cotidiana. A fumaça prejudica a saúde da população, trazendo problemas respiratórios como asma, bronquite, entre outros. As pessoas podem ajudar no combate às queimadas, denunciando e também evitando colocar fogo nos lixos em quintais ou sujeiras de lotes e propriedades, pois ele pode sair do controle e virar um incêndio de grandes proporções.

País perde superfície de água e MG é muita afetada. O Brasil está secando, segundo um estudo do MapBiomas. Um levantamento chamado “Brasil Revelado: 1985-2020” mostra que existe uma tendência de redução da superfície de água em oito das 12 regiões hidrográficas brasileiras. Foram analisadas imagens de satélite de todo o território nacional entre 1985 e 2020. Em 1991, a superfície coberta por água do Brasil era de 19 milhões de hectares. Já no ano passado, diminuiu para 16 milhões. Houve uma redução de 15% no país. O Mato Grosso do Sul é o estado com maior índice de perda, seguido pelo Mato Grosso. Minas Gerais é o terceiro estado com perda de 118 mil hectares cobertos por água.

Consumidor paga mais caro pelos remédios. Como se não bastassem os aumentos dos preços dos alimentos, energia elétrica, combustíveis, agora os consumidores estão pagando mais caro pelos remédios. O governo autorizou um reajuste de 10%, sendo o maior desde 2016, acima da inflação oficial do país. No ano passado, a revisão foi suspensa por 60 dias por causa da crise do coronavírus. Diante disso, o brasileiro tem que pesquisar os preços dos medicamentos em várias drogarias e pedir desconto e promoção porque eles existem. A crise econômica em nosso país é muito preocupante e não sabemos quando vai melhorar.

PROGRAMA DO LUCIANO HUCK É UM FIASCO

Os finais de domingo costumam ser melancólicos desde que nos conhecemos por gente. Quando o “Fantástico” se aproxima do fim, não tem uma pessoa no Brasil que não passe por uma tristeza inexplicável. Como não há nada ruim que não possa piorar, a estreia do “Domingão com Huck” veio para antecipar o clima triste que antecede a segunda-feira. Não empolgou e frustrou as emoções do telespectador logo de cara. O “Show dos Famosos” prometia ser o grande momento, mas, mesmo com um júri de peso e bons participantes, deu tudo errado. Luciano Huck era mais solto ao vivo, mas os erros técnicos o atrapalharam por diversas vezes. Com certeza, a estreia foi péssima e Huck teve uma performance muito fraca para milhares de telespectadores. A Globo deu um tiro no pé com esse programa e poderá perder muita audiência.

TRANSPORTE PÚBLICO DE BH CONTINUA RUIM

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da BHTrans está demonstrando como o órgão gerenciou a crise do transporte durante o momento da pandemia e se houve desvio de dinheiro público desde 2008. O caos se instalou sobre a política de mobilidade de Belo Horizonte e região metropolitana, sem que a prefeitura desse uma resposta coerente a essa questão. De acordo com a CPI, ao invés de subsidiar o usuário e aumentar a qualidade do transporte público no município, os empresários dos ônibus estão sendo beneficiados com os generosos subsídios há décadas. E o usuário continua andando em veículos cheios e sendo penalizados com os aumentos constantes das passagens. Tudo tem que ser apurado e, se a iniciativa privada foi beneficiada em detrimento do interesse público, os responsáveis devem ser punidos com rigor nos termos da lei.