Com a chegada do segundo semestre, os meandros políticos mineiros estão ficando cada dia mais agitados. Semana passada, inclusive, houve ato político protagonizado pelo presidente do PDT em Minas, deputado federal Mário Heringer. Falando no nome do ex-senador Ciro Gomes (PDT), almoçou com o ex-prefeito de Belo Horizonte Marcio Lacerda e esperava ouvir dele a possibilidade de aceitar o convite para se tornar um potencial candidato ao governo de Minas. Aliás, o deputado pedetista reuniu muitas lideranças para presenciar o encontro com Lacerda.
De qualquer modo, alguns nomes estão sendo sugeridos para a denominada terceira via no que se refere à disputa pela sucessão do governador Romeu Zema (Novo).
Aos amigos, o ex-prefeito confessou que, efetivamente, é próximo de Ciro, mas que ainda assim se mantém cético quanto à possibilidade de embarcar no desafio de disputar uma eleição majoritária.
Os nomes
Há cerca de 2 meses, o prefeito de Uberlândia, Odelmo Leão (PP), se declarou pré-candidato ao Palácio Tiradentes. Semana passada, esse assunto voltou ao foco quando o chefe do Executivo municipal foi homenageado com a Comenda Digital Nacional Ministro Alysson Paulinelli. Entre os 60 nomes agraciados, ele foi o único prefeito a merecer a honraria. “Odelmo defende, de maneira enfática, o agronegócio como plataforma a ser apresentada aos mineiros no momento oportuno”, dizem pessoas próximas a ele.
Atualmente, o senador Carlos Viana (PSD) tem percorrido diversas regiões e, invariavelmente, deixa claro a sua pretensão em colocar o seu nome para a peleja de 2022. Ele faz parte do mesmo partido do que o do prefeito Alexandre Kalil, cujo presidente da sigla estadual é o suplente de senador Alexandre Silveira, ocupando o referido cargo por indicação direta do paulistano Gilberto Kassab, comandante nacional do PSD. Neste sentido, tudo indica que Viana teria que se filiar em outro grupo partidário, embora para ele, isso não seja um problema, inclusive já existe até a possibilidade de sua transferência para o PTB.
Só para relembrar, Viana é vice-líder do governo federal, nutrindo assim bom trânsito no Palácio do Planalto. Então, é plausível deduzir que o seu projeto político na sucessão mineira pode ter um aval discreto da assessoria política do presidente Jair Bolsonaro.
Enquanto isso, o duelo entre Zema e Kalil segue em plena erupção. Vale dizer que o governador permanece com boa aceitação pública no interior, mas perde densidade quando se aproxima do eleitorado da região metropolitana. Kalil, segundo as últimas informações, vem crescendo nas pesquisas internas. Ele estaria arquitetando uma preponderante aproximação com os deputados estaduais para alavancar o seu projeto nas diferentes regiões.
Em síntese, fica óbvio que os dois estão montando suas estratégias para buscar resultados positivos nas urnas de 2022. Por enquanto, entre eles, não há favoritismo.