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Quem sabe, sabe

Na foto: Jornalista Sérgio Moreira com o prestigiado homem da Rádio Itatiaia, Emanuel Carneiro, que comemorou aniversário na semana passada

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Farra dos deputados federais com dinheiro público. Causou muita indignação uma reportagem sobre irregularidades na prestação de contas com abastecimento de veículos de vários parlamentares da Câmara dos Deputados, em Brasília. Entre os anos de 2019 e 2020, R$ 27 milhões de foram gastos no abastecimento de veículos. O Observatório Político e Socioambiental (Instituto OPS), uma entidade sem fins lucrativos, auditou mais de 1.800 notas fiscais de abastecimento de veículos, entre os anos de 2019 e 2020, e encontrou muitos abastecimentos incomuns. Centenas em um só dia, inclusive em favor de empresas e de pessoas estranhas aos gabinetes. Os casos foram entregues ao Ministério Público Federal e Tribunal de Contas da União. Isso é uma vergonha porque esse dinheiro é do contribuinte que paga os seus impostos em dia e não vê retorno nos serviços essenciais de que precisa. Tem que haver punições rigorosas contra esses maus políticos.

Motorista bêbado terá de ressarcir SUS por morte. O Senado aprovou um projeto de lei que determina que motoristas embriagados que causarem acidentes com lesões corporais ou mortes deverão ressarcir as despesas médicas ao Sistema Único de Saúde (SUS). A proposta altera o Código de Trânsito para incluir artigo que prevê que condutores que cometerem crimes de homicídio ou lesão corporal, sob a influência de álcool ou outras substâncias entorpecentes, responderá civilmente pelas despesas do SUS. Os acidentes de trânsito tiram a vida de 45 mil pessoas por ano e deixam mais de 160 mil com lesões graves. Dados do Ministério da Saúde também apontam que cerca de 70% a 80% das vítimas de acidentes de trânsito são atendidas pelo SUS.

CPI da COVID-19. Teve início a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que vai investigar as ações e omissões do governo Bolsonaro no combate à pandemia. A primeira reunião teve muita confusão e insatisfação após a confirmação do senador Renan Calheiros (MDB-AL) como relator da CPI, porque o seu filho é o governador de Alagoas. Um fato que causou surpresa foi a defesa dos protocolos sanitários pelo senador Flávio Bolsonaro (Republicanos), filho do presidente. Ele disse que a CPI vai causar aglomeração e poderá matar senadores, assessores e funcionários do Senado. Pura demagogia porque a família sempre foi contra o isolamento e as vacinas. Na verdade, tenta salvar o pai da responsabilidade sobre os erros no combate à COVID-19. As CPIs não trouxeram bons resultados nas últimas décadas. É esperar para ver.

BOLSONARO CONTINUA ATACANDO JORNALISTAS

O presidente Jair Bolsonaro continua cometendo ataques aos veículos de imprensa e seus profissionais. O episódio mais recente foi contra uma jornalista de uma emissora de TV da Bahia. A profissional foi chamada de “idiota” por Bolsonaro após questioná-lo sobre uma foto dele segurando um cartaz com a réplica de um CPF com a tarja de “cancelado”, ainda mais em um momento de tantas pessoas morrendo em função da COVID. Somente em 2020, Bolsonaro proferiu 175 ataques a jornalistas e veículos de comunicação. Várias outros também foram vítimas da ira do presidente. Pelo visto, ele não gosta de mulheres jornalistas e não consegue conviver com a crítica e responder as perguntas. Ao invés de trabalhar no combate à grave crise sanitária, ataca governadores, prefeitos, provoca aglomerações e despreza as vacinas.

TRABALHO REMOTO É UM CAMINHO SEM VOLTA

Inúmeras empresas do Brasil e de todo o mundo que colocaram milhões de funcionários para trabalhar remotamente estão percebendo as vantagens desse modelo. O principal ganho é que o processo produtivo é benéfico e a economia também. Isso significa empregos preservados. Outro ponto importante é a redução de custos. Quando a crise da COVID-19 passar, parte dos funcionários que aderiram ao trabalho remoto seguirá atuando no home office. Uma forma que algumas empresas estão adotando é o retorno presencial apenas em 3 dos 5 dias da semana. Não há como escapar do fato de que a adoção do teletrabalho se dividirá entre antes e depois da pandemia. No geral, nesse primeiro ano, os trabalhadores aprovam a flexibilidade de horários, a segurança do lar e o tempo que deixaram de desperdiçar no trânsito.

CASO DO MENINO HENRY NÃO É ISOLADO

Não é um caso isolado de violência doméstica. Segundo levantamento da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), entre janeiro de 2010 a agosto de 2020, ao menos 2 mil crianças até essa idade foram mortas por agressão no Brasil. Segundo os especialistas, o isolamento adotado na pandemia expôs as crianças a mais violência. E o mais preocupante é que os autores de 80% das agressões são os pais ou responsáveis, e elas acontecem dentro de casa. No caso do Henry, o mais revoltante é que ele teria falado sobre o assunto com a babá e a própria mãe que deveria, por lei, garantir a segurança do filho. A avó materna e uma tia, pelas investigações da polícia, também sabiam da violência que o menino sofria e foram coniventes. Todos merecem ser condenados à prisão por muitos anos, porque foram covardes e cruéis.

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